1. INTRODUÇÃO
O Projeto Jovem Cidadão é um programa que pretende dar suporte a formação de Jovens Tutores que colaborarão na promoção da cidadania, e qualificação do indivíduo para o exercício da cidadania e de organização comunitária.
Este projeto é visa melhorar a qualidade de vida dos indivíduos em idade escolar através de uma formação extra de um grupo de indivíduos, os quais posteriormente atuarão na dissimulação com seus colegas.
Este projeto será trabalhado de forma intersetorial e por isso, necessitará do apoio de outras secretarias e entidades municipais. Onde através de oficinas, palestras e estudos, alguns jovens irão receber informações, com as quais irão articular juntamente com um responsável, ações voltadas ao desenvolvimento da cidadania e principalmente a tomada de consciência de que ela existe e deve ser apropriada por todos.
O período estabelecido para este projeto será de 8 meses, onde haverão atividades de formação/teóricas e atividades práticas de cidadania. No momento formativo os educandos receberão informações sobre cidadania, direito e práticas sociais. Já no momento de práticas de cidadania, os formadores passarão tais conhecimentos adquiridos para os demais educandos.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL:
- Instrumentalizam jovens promotores da cidadania para atuarem nas escolas como tutores de ações de cidadania tais como oficinas, cursos, etc.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Oportunizar o estudo e debate sobre cidadania a determinado grupo de jovens;
- Articular ações visando a educação cidadã;
- Promover o desenvolvimento da consciência cidadã;
- Debater pontos sobre educação e cidadania.
3. JUSTIFICATICA
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. A educação escolar além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para a cidadania. Cidadania diz respeito ao cidadão, ou seja, habitante da cidade, o mesmo que polis, na Grécia antiga.
A cidadania, definida pelos princípios da democracia, se constitui na criação de espaços sociais de luta (movimentos sociais) e na definição de instituições permanentes para a expressão política (partidos, órgãos públicos), significando necessariamente conquista e consolidação social e política.
Porém, é importante a concepção da cidadania como um processo político, social e histórico, que se constrói a partir de ambas as dimensões, individual e coletiva.
A formação cidadã deveria ser uma das preocupações primordiais da escola. Gadotti (2001) define cidadania como a consciência de direitos e deveres da democracia e defende uma escola cidadã como a realização de uma escola pública e popular, cada vez mais comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para isso, a escola deve propiciar um ensino de qualidade, buscando a formação de cidadãos livres, conscientes, democráticos e participativos.
A educação para a cidadania deve visar à promoção do desenvolvimento comunitário, criando condições para a autonomia social da comunidade; o aprimoramento e intensificação do diálogo de lideranças comunitárias e sociais com o poder público; a criação de condições favoráveis à formulação de ações afirmativas, por parte da sociedade civil, que possam se refletir em sua participação efetiva na superação de situações que determinam a exclusão social e na busca de alternativas de desenvolvimento sustentável da melhoria de qualidade de vida.
Participação é um dos cinco princípios da democracia. Segundo o sociólogo Herbert de Souza (2005) sem ela, não é possível transformar em realidade, em parte da história humana, nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, diversidade e solidariedade. Nesse sentido, a participação não pode ser uma possibilidade aberta apenas a alguns privilegiados. Ela deve ser uma oportunidade efetiva, acessível a todas as pessoas. Além disto, é preciso que ela assuma formas diversas participação na vida da família, da rua, do bairro, da cidade, na escola e no próprio país. Participação é, ainda, um direito estendido a todos sem critérios de gênero, idade, cor, credo ou condição social.
A escola é uma agência de socialização, intermediando o processo entre a família e a sociedade. É uma etapa de transição para entrar na sociedade. Portanto, não será grande novidade dizer que a escola tem um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da cidadania. Cobre um intervalo de idade decisivo no desenvolvimento de um ser humano. As escolas são espaços sociais próprios de referência e sociabilidade para juventude na cidade.
Assim, é preciso ter em mente que se ensina pelo exemplo, não pelo sermão; aprende-se participando, sendo ator mais do que espectador; deve-se ter contato com o real para a cidadania estar em pleno desenvolvimento; conferências e narrativas sobre situações individuais vividas; e trabalho comunitário.
Este projeto nasce da idéia de que ninguém se educa sozinho, de que as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo. Não busca ensinar coisas e transmitir conteúdos, e sim que o sujeito aprenda a aprender. Fazer esta opção educativa pressupõe estabelecer uma comunicação certamente mais dialógica e mais democrática.
Somente há esse diálogo quando se estabelece relações horizontalizadas e se cria condições para que os envolvidos exercitem a autonomia, a participação ativa e a autogestão coletiva.
Portanto, mudanças positivas na dimensão educativa dependem muito da qualidade dos processos comunicativos no interior da instituição escolar e dela com a sua vizinhança. A nossa proposta não se resume a um processo formativo com alunos, mas de formá-los para que os mesmos semeiem tais idéias.
Não objetivamos transformar o nosso cotidiano em uma maravilha dentro de pouco tempo, sabemos que isso depende de uma longa caminhada. Mas isso não nos proíbe de sonharmos em sermos semeadores de cidadania.
4. METODOLOGIA
1. Elaboração do projeto, estabelecendo linhas básicas;
2. Contatos com os profissionais formadores;
3. Seleção de Jovens em idade escolar para a formação;
4. Reuniões periódicas com os jovens formadores;
5. Execução de ações em prol da cidadania através de duas oficinas mensais nas escolas do município em horário especial. Pois cada aula de preparação gera uma oficina.
6. Os horários para realização das oficinas serão os intervalos, ocupando no máximo 15 minutos dos períodos antecedentes e seguintes.
5. CRONOGRAMA
EVENTO
HORAS
Oficinas formadora /Cidadania
16 hs
Atividades abertas
20 hs
Oficinas abertas
20hs
Ações práticas
10 hs
Atividades interdisciplinares
60 hs
Ativ. Encer. com Palestra Promotor/ Defensor Público
4 hs
TOTAL DE HORAS
110 hs
As atividades acontecerão de Julho a Dezembro, com exceção da atividade de encerramento com Palestra final que acontecerá no mês de Dezembro.
6 TEMÁTICAS E REALIZADORES DAS CAPACITAÇÕES
- Conceito de Cidadania (Abordagens com equipe da SMECD)
- Cidadania e Sociedade (Vereador, Brigada Militar)
- Cidadania e Meio Ambiente (Agrônomo e Gestor Ambiental)
- Cidadania e Responsabilidade Social e Fiscal (Assistente Social e Agente Fiscal)
- Cidadania e Saúde (Equipe de saúde – médico, enfermeiras, dentista, fisioterapeutas, etc)
- Cidadania e Acesso ao Direito (advogado, outros)
- Cidadania e Atividades Rurais (Presidente do STR, voluntário)
7. VALOR DO PROJETO *
Objeto
Camisetas
Material de divulgação – Folder, cartazes, etc
Material didático
Palestras Profissionais
Lanches
Lanche produzido pela própria escola onde será realizada a oficina
Pastas e canetas
Transportes
Educ. em sala de aula
Prof. Escolas, SMECD
* Esta estimativa não tem cunho orçamentário, mas delimitador de valores para fins científicos.
¹ O valor das palestras foram avaliados de forma geral, podendo elas estarem além ou aquém do estabelecido. Cabe ressaltar que os palestrantes desempenharam um papel voluntário, não sendo possível exigir qualquer remuneração da entidade executora. (ver termo de voluntários).
8. RECURSOS HUMANOS UTILIZADOS
Advogado
Agentes de Fiscalização
Agrônomo e ambientalistas
Alunos
Apoiador pedagógico
Assistente Social
Brigada Milita
Conselheiros Tutelares
Equipe de saúde
Professores
Secretário Municipal de Educação
9. REFERÊNCIAS
CHAUÍ, M. Cultura e democracia. São Paulo: Cortez, 1989.
DAYRELL, Juarez (org). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1987.
FREINET, Celestin. Pedagogia do Bom Senso. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
PUIG, Josep. Democracia e Participação escolar. São Paulo: Moderna, 2000.
CORREA, Darcisio. A Construção da Cidadania. Ed. Unijuí, 2001.