André Gilberto Boelter Ribeiro


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sábado, 29 de agosto de 2009

Fato Social, Ideologia e Ética

Muito se tem pensando e comentado sobre o problema da ética na vivencia em sociedade. No entanto, não se tem discutido e nem proposto quais as vertentes que influenciam a própria existência da ética. Apenas verificar se entre eles há alguma semelhança de suas características.
Lançando um olhar sociológico, o fato social, segundo a análise de Durkhein, é um acontecimento externo ao indivíduo, que o influencia diretamente, agindo de modo a aderirem aos seus valores pela coerção, que em certos casos é imperceptível, e ainda, é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter.
Podemos identificar a ideologia como sendo um elemento capaz de interferir como uma força acareadora com outras forças, em determinada concepção social em certa conjuntura social e histórica. Cada formação ideológica fundamenta um conjunto complexo de atitudes e de representações que não são nem “individuais” nem “universais”, mas se relacionam quase que diretamente à posições de classe em conflito umas em relações a outras. Ela é portanto, possuidora das características do fato social. Tal como ele, ela é coerciva, aplicável ao grande grupo, tendenciosamente argumentativa (mascarando-se no bem comum), passível de uma sanção, apresentando uma existência própria e existente independentemente de manifestação individual.
Por fim, a ética está vinculada a conduta humana, onde seus argumentos estão pautados numa atitude de profundo e permanente respeito ao ser humano e o compromisso de contribuir para o seu aperfeiçoamento e valorização. Embora essa seja uma ideia difundida entre muitos segmentos, é possível verificar as mesmas características da ideologia e consequentemente do fato social na construção da ética.
Essa interrelação entre o fato social, a ideologia e a ética não significam que a ética tenha um caráter negativo, ou então, que se pretenda defender a ideologia em seu sentido coercivo. O que se pretende é demonstrar que existem neles muitas semelhanças e é o homem quem vai decidir a utilidade de seu uso.