André Gilberto Boelter Ribeiro
Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
RELIGIÃO E CULTURA
É comum vermos nas televisões que inúmeras igrejas investem pesado na conquista de novos fiéis. Homens, mulheres e crianças são levados a um patamar de fé e espiritualidades que muitas vezes modificam sua maneira de pensar. Ocorre que quando a cultura está eivada de rituais religiosos, o individuo deve fazer uma revisão e abrir mão de parte de suas raízes e assumir uma nova identidade. Como é possível viver esse novidade de vida?
O cristianismo, principalmente no meio evangélico, possuem doutrinas que para ter comunhão com o grupo, precisam ser seguidas e respeitadas. Um exemplo claro disso é a crença em santos. Para os evangélicos só existe um Santo: Cristo Jesus. Diferentemente, da cultura afro-descendente, que invoca inúmeras entidades para agirem no plano terrestre. Elas são culturas que é impossível, segundo a interpretação pentecostal dos preceitos bíblicos, fundirem-se.
Não é diferente, quando verificamos a presença de indígenas na religião evangélica. Muitos de seus hábitos precisam ser renunciados para estarem em conformidade com os preceitos da nova religião.
Também é interessante notarmos que nos dias atuais, verifica-se mais claramente uma nítida separação entre o mundo secular e o mundo religioso, pelo menos no discurso das religiões dominantes. Não obstante, haja discursos que afirmem que o cristianismo está no epicentro desta interpelação e desta pluralidade. Citando como exemplos a existência massificadora das midiatizadas e comerciais datas de natal e páscoa.
A religião parece assumir nova forma e nova conjuntura, menos homogenia e comprometida, onde cada indivíduo forma a sua religião, criando regras próprias e caminhos sem o comprometimento teocêntrico. Notamos, nesse limiar de século que há um trânsito dentro das próprias religiões, um jogo dual teocrático e de ateísmo. As pessoas são e não são de religião definida, e quando o são, isso acontece temporariamente. O mesmo se dá no âmbito estritamente cultural, não é uma cultura realmente definida, há uma miscelânea de aspectos culturais que acabam fundindo-se e criando uma cultura particular.
O que é importante ressaltar é até que ponto, podemos considerar a religião cultura? E como considerar a cultura parte da religião? Principalmente nas religiões teocêntricas tradicionais, onde não admite-se uma comunicação entre secular e sagrado.
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