André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

sábado, 29 de dezembro de 2007

RESENHA: POPULAÇÕES E CULTURAS PRÉ-HISTORICAS

1 – Dados de Identificação


Autor:Marilia Carvalho de Melo e Alvin.
Tradutor s/t
Titulo: Populações e Culturas Pré-históricas
Subtítulo: Inúmeros subtítulos
Edição: s/e
Editora:
Cidade: São Paulo
Ano: 1998
Nº de Páginas: 31-39

2. RESUMO

Muitos são as explicações sobre a origem da população no Novo Mundo, sejam elas biológicas ou mesmo histórica ainda não se chegaram a um consenso. A população pré-histórica chega a América do Sul pelo Istmo do Panamá, e discute a idade de existência dessa população no sul do continente. Mas todos os dados são contestáveis. A cordilheira andina foi ponto de desenvolvimento. No Brasil a região centro-leste (Lagoa Santa e da Costa Atlântica) foram os locais escolhidos.
A Lagoa Santa é uma pequena cidade, com uma área arqueológica ampla e o sitio mais importante no Brasil. E sobre essa região se produz muito estudo. Nela foram encontrados muitos fosseis. Encontrou-se esqueletos e carvões que demonstram ter mais 10.000. Outra descoberta é a Lapa Vermelha IV, onde foi encontrado o esqueleto de uma mulher.
A região da Lagoa Santa na era do Pleitoceno esteve submersa as águas. Somente no limiar da época atual é que o Homem da Lagoa Santa pode ocupar os abrigos sob as rochas do maciço calcário de Cerca Grande.
Alguns fósseis parecem atuais outros nem tanto. Os extensos períodos pluviais e a lixivização e laterização contribuem para a extinção de muitos animais. A cultura do homem da lagoa Santa predomina ponta de flechas confeccionadas de osso e com formas pendiculares de pedra polida. O homem de Lagoa Santa era coletor—caçador, e não conhecia a agricultura. Possuía cultura rudimentar quanto a tecnologia, escassez da cultura.
As pesquisas morfológicas no Brasil são relativamente pequenas. Com base no material de Cerca Grande, os esqueletos foram exumados. Demonstraram a grande afinidade morfológica dos antigos ocupantes dos abrigos e lapas da área arqueológica de Lagoa Santa. O texto aponta pela não miscigenação destes grupos.
Os referidos espécimes apresentam grande freqüência dos seguintes caracteres morfológicos: constituição medianamente robusta ou grácil; diferenciação sexual moderadamente marcada no esqueleto; estatura baixa; anomalia numérica por excesso ou por falta; incisivos medianos superiores na face lingual; abrasão dentária com presença de cáries.
Os sambaquis são encontrados no Brasil, distribuídos ao longo da costa, desde a foz do Amazonas até o Rio Grande do Sul e as vezes, no interior. Os sambaquis apresentam sob forma de colinas, de base oval, formadas, sobretudo de carapaças de moluscos dispostos em camadas mais ou menos nítidas de variada espessura, contendo leitos de carvão humano, inclusive sepultamentos. Em casos excepcionais, medem 30m de altura por 400m de comprimento. Existem sambaquis recentes e podem ser classificados como naturais e artificiais. Foi quem propôs a primeira classificação dos sambaquis em fases, em que se combinavam os critérios espacial e temporal.
Os sambaquis compreendem as idades de 7000 à 1500 anos passados. Mais recente que o sambaqui de Maratua e igualmente datado pelo C-14 foi o material de um outro sambaqui, o da Ilha dos Ratos, na baia de Guaratuba , Paraná.
Foram encontrados muitos esqueletos humanos nos sambaquis e isso sempre foi um grande problema para pesquisa. Não há uma uniformização racial nos sambaquis. E no interior do Brasil a variabilidade racial é maior. Um fator principal nas pesquisas morfológicas é a carie, a alimentação e a estrutura corporal dos homens do sambaquis. Os sambaquis variam grandemente no tempo e no espaço e diversas populações podem ter sido responsáveis, portanto, pela construção desses sítios arqueológicos.
Utensílios de pedra encontrados em Rio Claro acusa pelo C-14 que data de 6245 anos. Mas alguns afirmam que o sitio Alice Bôer antiguidade maior. Através de escavações sistemática que no interior do Paraná que há 6386 anos grupos indígenas habitaram as margens do rio Ivai.
Os trabalhos na Amazônia demonstram vários complexos culturais distintos que correspondem às fases Ananatuba, Mangueiras, formiga, Marajó e Arua e à cerâmica Santarena.
A fase Ananatuba é originária possivelmente da Colômbia e foi introduzida em Marajó há aproximadamente 2.800 anos. A fase Mangueiras é derivada da Annatuba. A fase marajoara é a mais conhecida devido a beleza de sua cerâmica. Procedente do Equador e da Colômbia foi introduzida na ilha por volta do ano 1.000 de nossa era. A ultima fase denomoinada Aruâ (nome dado ao grupo tribal encontrado pelos primeiros exloradores da Ilha de Marajó), é identificado por um estilo cerâmico, sem qualquer parentesco com o da fase Marajoara, e prolonga-se até princípios do século XIX.
A cerâmica tupi-guarani abrange uma área muito ampla e seus portadores se estenderam pelo litoral atlântico desde o Nordeste brasileiro até o Rio da Prata e para o interior alcançaram o Paraguai e o Araguaia. O sitio mais antigo data de mais ou menos 3935, ou seja, 1958 a.C e localiza-se no município de Tenente Portela- RS.
O homem tupi-guarani, além de coletor e caçador, era praticante da agricultura, o que lhes dava vantagem nas guerras pelo acúmulo de alimentos. Usava arco, flecha e o tacape. As vezes havia o processo de aculturamento com os vencidos.
Em alguns sítios são encontradas muitas urnas funerárias. Os tupis são conservadores de sua tradição.
3. CONCLUSÕES DO RESENHISTA
O que se pode concluir deste texto é que não há uniformidade entre todas as culturas pré-históricas do Brasil. O que comprova que os sambaquis são depósitos humanos de materiais orgânicos, calcários, empilhados ao longo do tempo e sofrendo a ação da intempérie, o que acaba por promover uma fossilização química, pois a chuva deforma as estruturas dos moluscos e dos ossos enterrados, difundindo o cálcio em toda a estrutura e petrificando os detritos e ossadas porventura ali existentes.
Diante dessa conservação, encontrou-se esquelçetos humanos, e o seu estudo comprova que não existe também uma uniformidade morfológica nas populaçõe de Sambaquis.
Outro ponto osbervado é que as história da cerâmica nos povos pré-históricos não são genuinamente do inteiror brasileiro, mas sim provinientes de regiões vizinhas.

4. TRECHOS QUE SIRVAM PARA CITAÇÕES

As pesquisas sobre sambaquis são ainda parciais e incompletas. Entretanto, podemos inferir dos estudos já realizados que a alimentação usual dos construtores dos sambaquis constitui-se de moluscos terrestres e aquáticos, mariscos, ostras, mexilhões, peixes e em menor quantidade, répteis, aves e mamíferos, como o tapir, a capivara, a paca e os pequenos veados. Disto se conclui que eram mais coletores do que caçadores (p. 4).


As pesquisas realizadas sobre o homem no Novo Mundo precisam ser, na verdade maiores em extensão e profundidade, não só em grupos indígenas e americanos, mas em grupos da Mongólia e da região asiática da União Soviética, de onde talvez provieram os maiores contingentes populacionais que povoaram as Américas ( p. 01).

5. VOCABULÁRIO

SAMBAQUIS - São depósitos de conchas acumuladas por grupos tribais que dependiam da coleta de moluscos como base de sua alimentação, ocupando-se paralelamente da caça e da pesca.

CERÂMICAS – é a atividade de produção de artefatos a partir de argilas, que torna-se muito plástica e fácil de moldar quando umedecida.


MORFOLÓGICA - é o estudo da forma de um organismo, ou de parte dele.

RESENHA: O RENASCIMENTO DO BARROCO

1 – Dados de Identificação


Autor: Ricardo Arnt, OLIVEIRA, Lucia Helena; BARROS, Fernando Valeika de.
Tradutor s/t
Titulo: O Renascimento do Barroco
Subtítulo: Sem subtítulo
Edição: s/e
Editora:
Cidade: São Paulo
Ano: 1998
Nº de Páginas: 31-39

2. RESUMO

A valorização atual da arte barroca deve-se a moda de regresso ao passado. Na época barroca havia uma forte influência religiosa. O barroco foi um dos principais instrumentos da arte da contra-reforma, que se propagava na época. E através dele sediou-se a Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas, fundada para combater o protestantismo. O barroco é a arte da fé.
Nessa época Portugal era domínio espanhol e por isso as suas colônias eram deixadas quase que de lado. Portugal enfraquece sua autonomia e com isso enfraquece também a arte.
No Brasil, nesse período inicia-se o ciclo do ouro, e com isso, imigrantes invadem as terras a trabalho. Milhares de pessoas queriam enriquecer à custa do ouro brasileiro, o qual era enviado para a Portugal e Espanha.
Com o surgimento de Salvador e Recife, um século depois, o estilo barroco muda o interior das igrejas. As decorações eram feitas em ouro puro e técnicas utilizadas na época. As pinturas também são muito utilizadas nos interiores, principalmente as com inspiração européia. Todavia, com a passagem marítima, a arte barroca molda-se a forma mais brasileira. Um dos principais representantes dessa arte no Brasil é Aleijadinho.
Com o mercado do ouro em alta, há o favorecimento de outras áreas da economia, como a pecuária, fumo, açúcar, etc. Também se verifica com o aumento populacional com predominância masculina o que ocasiona o aumento da prostituição, onde até os padres envolviam-se em escândalos. Os costumes eram promíscuos e as leis, pouco respeitada. E, na religião havia certo desequilibro entre as pessoas, não havia igualdade na irmandade, sendo tudo um jogo de interesses.
A obra prima da arte mineira foi a Igreja de São Francisco de Assis. Pode-se afirmar que a arte brasileira nasce com o barroco. O barroco brasileiro carrega a tropicalidade, a permissividade e a sensualidade da miscigenação das culturas. Aqui, as ordens religiosas incorporam o negro e o índio. Era a Igreja que promovia a festa do Rei do Congo.
Os principais gênios da arte barroca são: Aleijadinho (1739 – 1814); Padre Antonio Vieira (1608-1697); Gregório de Matos (1633-1696); Padre José Mauricio Nunes Garcia (1767-1830).

3. CONCLUSÕES DO RESENHISTA
O termo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos de 1600 e início dos anos de 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época. O quadro brasileiro no século XVII tem a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em conseqüência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar. Uma das principais referências do barroco brasileiro é Gregório de Matos Guerra.
Há uma dualidade na arte barroca, sempre tentado conciliar dois termos opostos. E a presença da igreja é o que marca a arte nesse período, tanto na construção de obras primas como no próprio estilo.
A arte barroca é a primeira escola a incorporar as características brasileira, o que acontece na literatura muitos anos depois. A presença do Aleijadinho demonstra essa integração cultural que hoje se fala muito, denominada miscigenação. Pois suas obras são a expressão dessa mistura, visto que as características de suas esculturas são de pessoas mestiças.



4. TRECHOS QUE SIRVAM PARA CITAÇÕES

A Igreja queria aparecer moderna e não ultrapassada (...) A pompa e a exuberância barrocas quebravam a linearidade e a rigidez dos estilos vigentes, o renascentista, harmônico e equilibrado, e o maneirista, superficial e artificioso. E impressionavam. Daí o apego as curvas, ao movimento, ao drama, à decoração feérica e , paradoxalmente – em se tratando de uma arte religiosa – à sensualidade (1998, p. 32)


Cada corporação de oficio tinha a sua Ordem. Havia irmandades de elite e populares. A Ordem Terceira do Rosário dos Pretos congregava escravos. Cada uma tinha seu santo, suas festas e construía sua igreja exclusiva, competindo com as outras em prestígios. Para o devoto, o prêmio era ser enterrado pela confraria – garantindo o céu após a morte (1998, p. 36).



5. VOCABULÁRIO

BARROCO: compreende-se como barroca a arte desenvolvida no século XVII. Contudo, alguns historiadores costumam apontar como o início da época barroca os anos finais do século XVI, que com a arte religiosa da Contra-Reforma teria gerado os primeiros frutos do que viria a ser a arte barroca, plenamente desenvolvida apenas durante a primeira metade do século posterior.

PURIFICAÇÃO

PURIFICAÇÃO

Um dos grandes propósitos de um novo crente em Cristo Jesus é a purificação do que se chama a casa de Deus. Podemos procurar o quanto quisermos e não encontraremos um que não cite o desejo de ser renovado pelo sangue de Cristo ou pelo poder de Deus. Os propósitos firmados no ato conversivo ou nos momentos de manifestação do Espírito às vezes são olvidados ou enfraquecidos quando o retorno ao lar se transforma em um caminho árduo ou promessa da prosperidade é mergulhada nas lágrimas da prova. Atualmente os crentes querem ser aprovados sem passar pela prova e o pior confundem a promessa de prosperidade com os ditames capitalista de acúmulo e transitoriedade material, ou seja, ser próspero deixou de significar algo próximo ao bem-sucedido para revestir-se do caráter capitalista de ter o carro do ano, o celular da moda, o mp3, o mp4, etc, etc.
A revista do momento aponta para estereótipos (modelo) de beleza, de conduta, de atitudes que devem as pessoas seguir para estarem dentro do grupo, em hipótese alguma admite-se não estar na moda, ser taxada de inconveniente. Quando contextualizamos o tema purificação na vida dos jovens esbarramo-nos em questões mais delicadas, pois estes se encontram mais vulneráveis as normas seculares que os adultos, (entenda-se por jovem aqueles adolescentes e jovens).
Os jovens confiam muito no vigor físico como único meio eficiente para a salvação de todos os males. É preciso considerar o que está escrito nas Escrituras para que se proceda com a purificação.
O primeiro texto sagrado é encontrado em Gálatas 5: 18-26, onde podemos verificar a classificação entre os atos da carne (e que mais estão suscetíveis os jovens) e os atos provenientes do Espírito (considerados frutos do amor). São assim considerados obras da carne a prostituição impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, ciúmes, iras, pelejas, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias e coisas semelhantes a estas. O Texto sagrado é claro em afirmar que quem fizer uso destas ações como prática de vida “não herdarão o reino de Deus”. Em Romanos 1: 29-31, citam-se outros Frutos da Carne: “Estão cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade. São murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos,inventores de males, desobedientes aos pais e as mães; são néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconhecíveis, sem misericórdia”.
Antagonicamente aos atrativos carnais estão os frutos do Espírito,que são bons e nos levam ao bem: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. No versículo 25 do capítulo 5 de Gálatas vemos que “se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”.
É preciso saber e ter consciência de que o que comentemos e conforme agimos nos nossos dias terrenos, seremos julgados e retribuídos, ou com coroa de glória ou como assalariado da morte.
Na sociedade moderna é de praxe o homem (homem e mulher) sentir-se orgulhosos em afirmar que são vaidosos. A vaidade pode ser conceituada como sendo algo que expõe qualidades exteriores do indivíduo. A vaidade está ligada ao cuidado com o corpo, o físico e a utilização de coisas para adequar-se aos padrões de beleza.
Não há mais a divisão entre homens e mulheres quando o assunto é vaidade. As mulheres estão dividindo igualmente os salões de “beleza” com seus maridos, pintar cabelo é coisa do passado, homens e mulheres disputam horários em clínicas de cirurgia plástica em busca da eterna juventude, olvidam-se que a eternidade só é possível com Jesus.
É necessário converter-se os corações e guardar os mandamentos de Deus, bem como os seus estatutos, para que não caiamos em desgraça do mesmo modo que Israel na época de Oséias, que viviam sob a normatividade da impenitência, da incredulidade e da teimosia. Viviam sob o jugo da separação, infiéis a justiça, sob o preceito da vaidade:

Porém não deram ouvidos, antes endureceram a sua cervis, como fizeram seus pais, que não creram no Senhor seu Deus.
Rejeitaram os seus estatutos, e a sua aliança, que fizera com seus pais, como também as suas advertências, com que protestara contra eles. Seguiram a vaidade e se tornaram vão, como também seguiram após as nações que estavam ao redor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem.
Deixaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e fizeram para si duas imagens de fundição em forma de bezerros, e um poste-ídolos.(...) (2REIS 17:14-16)

Assim, fazem muitos jovens na atualidade, não acreditam no poder restaurador e renovador do próprio criador, para buscarem a perfeição física exposta em revistas e novelas, crerem em ídolos tão tolos e absurdos como os bezerros da antiguidade, e ignoram que “pois a aparência deste mundo passa” (1 Cor. 7: 31). É preciso seguir o exemplo de Paulo e Barnabé rasgando as vestes (abrindo mão daquilo que nos cobre de impureza e se questionar: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.” (AT. 14: 15).
O salmista no uso da atribuição divina de sabedoria no capítulo 127, versículo 1 declara que “ se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. E, no capítulo posterior, Davi exemplifica a prosperidade de quem não edifica o seu caráter e seu viver nas coisas do mundo:

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Comerás do trabalho das tuas mãos; feliz será, e te irá bem.
A tua mulher será como videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
Assim é abençoado o homem que teme ao Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião todos os dias da tua vida; para que vejas a prosperidade de Jerusalém, e vivas para ver os filhos de teus filhos. Paz seja sobre Israel.”

A vaidade é um câncer da alma que destrói aos poucos aquilo que o homem tem de mais puro. A vaidade (e não os atos de higiene e saúde, como cuidados com dentes, doenças, roupas limpas e passadas), mas a vaidade descabida que entranha milhares de pessoas em academias, enlouquecidos por corpos “perfeitos”, que sujeitam-se a mutilações em seus corpos em busca de padrões humanos estabelecidos como modelos de beleza, e coisas inatingíveis senão pela criação divina.
Um outro ponto necessário a ser abordado na vida dos jovens é o aspecto corporal voltado ao sexo. Como falado anteriormente, a prostituição está no rol dos frutos da carne, cabe dizer que esse rol não é exaustivo, existem muitas outras coisas que nos levam a morte.
O escrito no livro de Romanos 1:25-27 retrata a incredulidade humana perante a verdade divina e o uso no corpo como instrumento do pecado contrariamente à vontade de Deus:

Pelo que Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si.
Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém.
Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua sensualidade uns para com os outros, homem com homem, cometendo torpeza, e recebendo em si mesmos a penalidade devida ao seu erro.


O jovem está imerso no contexto da contaminação, e nisso tem culpa não somente a televisão, as revistas, a internet, demais meios de comunicação como também a família que não conversa sobre a verdade de Deus. Essa contaminação do caráter e da conduta cristã do jovem acontece pela liberalidade sexual e defesa da diversidade de identidade. Adolescentes recém iniciam o seu amadurecimento já estão sexualmente ativos e a prática sexual acontece indiscriminadamente entre o grupo de amigos. Dentre os casos a serem citados e que podem ser verificados no trecho bíblico acima citado são as experiências homossexuais masculinas e femininas.
Adolescentes meninos tanto deitam-se como mulheres como com seus amigos e diversas vezes até com tios e primos, usando seu corpo como se fossem corpo de mulher, da mesma forma tomam os corpos de seu próximo como se de mulher fossem.
Não obstante, houvesse a repreensão social/moral (hipócrita) de homens casados tem relações sexuais tanto com mulheres como com outros homens, recorrendo-se a desculpa do fetiche e da fantasia sexual para desviarem suas condutas da vontade do Pai.
A vida purificada e santificada de acordo com a Palavra, precisa de constante cuidado. O inimigo está solto e pega até aqueles que cuidam de suas atitudes públicas e não caem nas armadilhas citadas anteriormente. Porém, é preciso considerar que na intimidade, muitos descuidam de sua vigia e fazem a vontade da própria carne. Meninos e meninas, visivelmente santificados e dedicados à obra, num momento de fraqueza e solidão deixam a oração em segundo plano e caem na satisfação de seus instintos carnais e praticam a masturbação.
No momento em que estão deitados em suas camas fechados em seus quartos ou na hora do banho, muitos durante a higiene pessoal, começas a passar a mão com mais vigor e sentem a resposta aos estímulos de forma positiva. A menina sempre começa com o primeiro dedo e o menino sempre começa ensaboando, dentro de poucos dias após a descoberta do orgasmo ou da ejaculação, os segundos de prazer-solitário comprometem a eternidade, pois juntamente com essa atitude, povoam a mente do adolescente pensamentos e desejos que não satisfazem os requisitos necessários a santificação.
Na falsa certeza de que será a última vez, muitos adolescentes continuam se masturbando, continuam deitando-se como mulher com seus próximos e tendo-os da mesma forma como mulher, e mulheres com mulheres. É preciso para isso, muito mais que força de vontade interior como muitos pregam, é preciso jejum e muita oração. “Bem-aventurado o homem que continuamente teme ao Senhor, mas o que endurece o seu coração virá a cair no mal” (Pv. 28-14). Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo odever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, inlcusive tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. (Ec. 12:14).
O capitalismo moderno leva os jovens à ganância. Eles querem tudo e depois que conseguem isso não basta, não os satisfazem. O celular da moda hoje, amanhã não será e assim continuamente. Roupas e objetos são trocados constantemente, e isso tende a passar para as pessoas, e começam a trocar de namorados, namorados e namorados.
Em Lam. 3:27 encontramos um alerta aos jovens que vivem com a sua lanterna da sexualidade ativa: “Bom é para o homem suportar o jugo da sua mocidade”, isto é, é bom que o homem tenha autocontrole, domínio próprio que é um Fruto do Espírito. Não podemos esquecer que nosso caráter, nossa alma é mais preciosa que a nossa carne, que a vida física.
Em 1Jo 2:13 -14 há um direcionamento da palavra aos jovens. Da mesma forma, há uma responsabilização aos pais. O jovem deve conhecer a Cristo, mas os pais devem influenciar os seus filhos porque já conhecem o maligno da juventude.

Pais, eu vos escrevo, porque conhecestes o Pai. Eu vos escrevi pais, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo porque já vencestes o maligno.
Eu vos escrevi meninos, porque conhecestes o Pai.. Eu vos escrevi pais, porque já conhecestes aquele que e desde o principio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.

Os jovens devem estar atentos às seguintes palavras do Salmista 119:9 “Como purificara o jovem o seu caminho? Observando segundo a palavra.”. Observar os preceitos de Deus não é apenas um ditame, mas é um dos ordenamentos maiores de Cristo que diz que “

É preciso, então, “ no tempo que vos resta na carne não vivais mais segundo as concurpisciencias dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Pois é bastante que no tempo passado tenhais cumprido a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias.” (1Pe. 4:2-3).
Crer no Pai e em Jesus é acreditar e seguir os seus mandamentos, consequentemente observar as suas palavras e afastar-se daquilo que não porvém de Deus, por mais maravilhoso que possa parecer. Não podemos esquecer que o inimigo de nossas almas, se apresentará como “anjo de luz” para nos cativar.
Essencial é que em todo o tempo sejam alvas as teus vestes, e nunca falte óleo sobre a tua cabeça. (Ec. 9:8). Porque, “vaidade de vaidades, tudo é vaidade. (Ec 1:2). Pois, “o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1:7) e, “Deus tomou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (1Co 5:21).
O jurem também está suscetível de cair, de cansar na sua caminhada espiritual, assim como bem relata Isaías (39: 30-31) “Até os jovens se cansam e se fatigam, e os jovens tropeçam e caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças. Subirão com asas de águias; correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão.” Progredir espiritualmente é necessário, a esperança em Deus não pode ser abalada para que haja uma renovação espiritual diária. Conforme At. 2: 38 se faz urgente “arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.”. dessa forma, Deus: “Dará a vida eterna aos que, com perseveranças em fazer o bem, procuram glória, honra e incorrupção”. (Rom. 2-7)
Em Mateus 23:26, Jesus profere apenas uma frase que nos remete ao tema purificação interna. O homem é cego espiritual por natureza, é preciso que apresentem a ele o Evangelho. Com o advento dos aparatos tecnológicos e modernos valoriza-se mais o exterior do que o interior, por isso muitas vezes não se compreende como uma mulher “tão linda” nos moldes da sociedade atual, casou-se com um homem feio, pobre e honesto (sem ambições). O coração do homem está envolvido num pacote de podridão moral, de corrupção, de valores deturpados e de frutos da carne. Precisamos deixar se sermos cegos como o fariseu e limpar primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
Assim, como o diabo tentou Jesus no deserto ele está tentando muitos jovens que estão no meio de nós, que conhecem a Verdade Divina e já sentiram o poder de Deus em suas vidas. E dão ouvidos às palavras do maligno: “Tudo isto te darei se prostrado, me adorares.” (MT 4: 9). Acreditando na falsa promessa de que terão acesso a riqueza do mundo, deixam a vida eterna e a vontade do Pai de lado, para seguir as normas temporárias terrenas.
Apesar dos empecilhos desta vida terrena é preciso entender e praticar as palavras de Paulo: “Antes como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angustias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus; (...)”. (2 Co. 6:7-9)
Para que haja uma purificação é necessário que seja respondida a pergunta (2 Co 6: 14 e 7:1) “Que comunhão tem a luz com as trevas?”. “Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no temos de Deus.”

O que tem determinado meus comportamentos enquanto cristão: os padrões bíblicos (frutos do Espírito) ou os ditames sociais (frutos da carne)? E qual é a minha gratificação: uma coroa das mãos de Cristo ou o salário do pecado, a morte no lago de fogo e enxofre?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A britânica Doris Lessing ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2007


A escritora britânica Doris Lessing foi galardoada com o Prémio Nobel da Literatura 2007.Nascida na Pérsia (actual Irão) em 1919 mudou-se mais tarde com a família para a Rodésia do Sul (actual Zimbabwe). Vive na Grã-Bretanha desde 1949. Os temas dos seus livros são bastante diversos: do exame das tensões inter-raciais, a política racical, a violência contra as crianças, os movimentos feministas e a exploração do espaço exterior. Em Canopus em Argos: Arquivos, Doris Lessing conduz o leitor ao mundo dos Impérios de Canopus e Sírius. Num universo que aborda a colonização de planetas em esferas muito além do mundo físico das naves espaciais. Por isso, a literatura de Doris Lessing tem sido denominada de Ficção Espacial. Doris Lessing publicou também, poesias e contos e romances de não-ficção. Criou o que chama "um mundo novo para mim mesma" auto-consistente e com possibilidades infinitas, "um reino onde os mitos e lendas dos planetas, deixaram de ser apenas manifestações de indivíduos sozinhos, onde sobrevêm os aspectos das rivalidades e das interações do Império de Canopus com os outros impérios galácticos, Sirius, e o seu inimigo, o império Puttoria com o seu planeta crimoso, Shammat". A série Canopus em Argos: Arquivos é composta por cinco títulos: Shikasta - (Shikasta) - O primeiro livro da série, aborda o planeta Terra, a própria Shikasta, sob o domínio do império Canopiano, a história é narrada do ponto de vista de um dos enviados pelos administradores de Canopus. Johor, o qual narra todo o desenvolvimento do planeta desde eras esquecidas, até aos nossos dias e além, concluindo com um inesperado destino para humanidade.O Nobel de Literatura concede 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão) e será entregue junto com aos outros prémios a 10 de Dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

PREVISUALIZAÇÃO DOS VERSICULOS BIBLICOS SOBRE ESTUDO DA REPRESENTAÇÃO DA FOME E DA SEDE NO NOVO TESTAMENTO

(Este texto é apenas a visualização dos versículos usados para o texto, o qual será substituido pelo texto dentro de poucos dias)

A SEDE
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Mateus 5:6
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Mateus 10:16
porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; Mateus 25:35
Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Mateus 25:37
porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Mateus 25:42
Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Mateus 25:44
e sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Lucas 12:36
Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; João 4:13
mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna. João 4:14
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. João 4:15
Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais tará sede. João 6:35
Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. João 7:37
Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas, para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. João 19:28
não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; Romanos 12:11
alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; Romanos 12:12
Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Romanos 12:20
Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, I Coríntios 4:11
Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, contudo, sede criancinhas, mas adultos no entendimento. I Coríntios 14:20
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. I Coríntios 15:58
Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes. I Coríntios 16:13
em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. II Coríntios 11:27
Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco. II Coríntios 13:11
Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Efésios 4:32
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Efésios 6:1
Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós; Filipenses 3:17
E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. Colossenses 3:15
Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor. Colossenses 3:18
E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Tiago 1:22
Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas. Tiago 5:7
Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos oferece na revelação de Jesus Cristo. I Pedro 1:13
mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; I Pedro 1:15
Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, I Pedro 3:1
Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes, I Pedro 3:8
Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração; I Pedro 4:7
Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. I Pedro 5:5
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; Apocalipse 7:16
Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. Apocalipse 21:6
E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida. Apocalipse 22:17


A FOME

Tu comerás, mas não te fartarás; e a tua fome estará sempre contigo; removerás os teus bens, mas nada livrarás; e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada. Mq 6:14
E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Mt 4:2
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. Mt 5:6
Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer. Mt 12:1
Ele, porém, lhes disse: Acaso não lestes o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros? Mt 12:3
Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; Mt 21:18
porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; Mt 25:35
Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Mt 25:37
porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Mt 25:42
Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Mt 25:44
Respondeu-lhes ele: Acaso nunca lestes o que fez Davi quando se viu em necessidade e teve fome, ele e seus companheiros? Mc 2:25
No dia seguinte, depois de saírem de Betânia teve fome, Mc 11:12
durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. E naqueles dias não comeu coisa alguma; e terminados eles, teve fome. Lc 4:2
Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel nos dias de Elias, quando céu se fechou por três anos e seis meses, de sorte que houve grande fome por toda a terra; Lc 4:25
E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nem ao menos tendes lido o que fez Davi quando teve fome, ele e seus companheiros? Lc 6:3
Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Lc 6:21
Ai de vós, os que agora estais fartos! porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides! porque vos lamentareis e chorareis. Lc 6:25
E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades. Lc 15:14
Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Lc 15:17
Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais tará sede. Jo 6:35
Sobreveio então uma fome a todo o Egito e Canaã, e grande tribulação; e nossos pais não achavam alimentos. At 7:11
E tendo fome, quis comer; mas enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe um êxtase, At 10:10
e levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. At 11:28
quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Rm 8:35
Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Rm 12:20
Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, 1Co 4:11
porque quando comeis, cada um toma antes de outrem a sua própria ceia; e assim um fica com fome e outro se embriaga. 1Co 11:21
Se algum tiver fome, coma em casa, a fim de que não vos reunais para condenação vossa. E as demais coisas eu as ordenarei quando for. 1Co 11:34
em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. 2Co 11:27
Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Fp 4:12
E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o hades seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra. Ap 6:8
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; Ap 7:16
Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga. Ap 18:8

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES GAÚCHAS NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL EM "ANA TERRA" DE ERICO VERISSIMO

A CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES GAÚCHAS NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA
DO RIO GRANDE DO SUL EM “ANA TERRA” DE ÉRICO VERÍSSIMO


O aparecimento de Érico Veríssimo no cenário literário brasileiro, faz com que o sul do país ingressasse em campo novo de romance. Com seus romances ele recria de maneira ímpar a história de uma família, é a trajetória da formação de um povo, e que pode estar numa cidade ou numa gente (COUTINHO, 2001). A obra em análise pode revelar algumas qualidades e defeitos dos homens do sul, todavia se constitui em um valioso instrumento para a reconstituição através da ficção da história do Rio Grande do Sul. Através das minúcias retratadas na obra, permite que o leitor se aposse da totalidade representativa ficcional.
“O Continente” representa a segura tomada de consciência e acaba sendo a narrativa da permanência de um espírito que cria raízes e supera vidas individuais. Através de seus tipos, sente-se o avançar da consciência da terra, com os mesmos dramas e a mesma sensação de inutilidade das coisas aliadas a grandes de existir e agir.
A trajetória feminina na história mundial sempre foi uma história de exclusões, onde elas tinha apenas o papel de donas de casa e reprodutoras. Tanto, que lhes eram renegados vários direitos, até mesmo pelo próprio marido. A mulher sempre viveu a sombra de uma figura masculina, tendo que suprimir sua identidade e seus desejos. Na história contada por Érico Veríssimo da sociedade gaúcha (dita machista), a mulher. No entanto, está presente em vários instantes. Muitas vezes apresenta atitudes ativas, que viabilizam a transformação do meio, onde elas se encontram. O texto a ser tomado como objeto de análise é um extrato de “O Continente 2”, onde será trabalhada a personagem Ana Terra.
Diante das ações realizadas pela personagem na obra em análise, é possível afirmar que houve contribuição das mulheres gaúchas na construção da história do Rio Grande do Sul na obra “O Continente” de Érico Veríssimo?
Érico Veríssimo era conhecido na Europa, no Continente Africano, em toda a América Latina e, principalmente, no mundo de língua inglesa. Pesquisas feitas na Angola e Moçambique demonstram que ele é o escritor mais lido naquelas partes da África. Coutinho (2001) elucida o exemplo de Alexandre Dumas, autor de “ A dama das Camélias”, que suas obras reconhecidas após um século.
Érico Veríssimo deixa claro em O continente I e II, que a mulher contribui fortemente para construção da história do Rio Grande do Sul. Uma leitura atenta de seu texto, permite verificar que a mulher não contribuiu somente como parteira como querem alguns historiadores, ou como auxiliares de médico em campos de batalha. Para isso, serve como base uma das personagens da obra: Ana Terra. Que conforme o site clicrbs, em homenagem co centenário de Érico Veríssimo retrata Ana Terra:
Ana Terra é a matriarca da família Terra Cambará. Filha de imigrantes portugueses que chegam ao Rio Grande do Sul no século 18, Ana e sua família passam por todas as dificuldades de morar em uma região esquecida pelas autoridades e permeada de disputas por terras e fronteiras
Sua personalidade forte, de garra, obstinação e resistência frente a todas as perdas e violências que sofre fazem de Ana Terra um símbolo da mulher gaúcha. Traços da personalidade de Ana e sua crença na vida serão encontradas nas mulheres das gerações futuras da família Terra Cambará, principalmente de sua neta Bibiana. O erotismo da jovem é também é destacado, pois esta desperta em meio a solidão da fazenda onde Ana mora com a família e culmina com a sua entrega a Pedro Missioneiro.
Além disso, ela é quem estabelece a relação entre o vento e os acontecimentos importantes de sua vida que serão uma espécie de ligação entre o vento e a memória feminina em toda a obra do autor, como um consolo e arma de defesa de mulheres que assistem os homens lutarem e morrerem em suas guerras (CLICRBS, 2006).
O autor reconstituiu artisticamente a história riograndense desde os séculos XVIII até a reestruturação da República no Rio Grande do Sul, “naquele estado de espírito que tanto provocou as revoluções dos anos 20 no sul como o movimento de 30 e fim em 1964”.
O enredo de Ana Terra é o seguinte: Ana Terra era um dos quatro filhos de Maneco Terra e D. Henriqueta. Nascera em Sorocaba e viera com a família para a vasta solidão dos campos e coxilhas do Rio Grande de São Pedro (Rio Grande do Sul). O pai lhes fizera, algumas vezes, uma inútil promessa de voltarem para S. Paulo. Em 1977, era uma moça de 25 anos que ainda esperava o amor e o casamento. Era “de olhos e cabelos pretos, rosto muito claro, lábios cheios e vermelhos”. Vivia com o pai, e mãe e dois irmãos, no descampado, sob os temores de invasões dos índios ou dos castelhanos. Levavam vida muito primitiva e pobre. O rancho que habitavam não podia ser mais primitivo. O velho Terra, como os filhos, era analfabeto, homem taciturno e de poucas palavras. O mobiliário do rancho, escasso e rústico. Naquele ermo aquele gente nada fazia mais que trabalhar de sol a sol, comer, dormir,, esperar.
Um dia era quase sempre a repetição do anterior. A família estava ilhada naquele verde de horizontes sem fim. Não tinham calendário, nem relógio, nem vizinhos próximos. Havia uma ligação forte com o vento, pois “ - Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando”, costumava dizer Ana Terra. Passam-se anos. E foi num dia assim que ela conheceu um índio, criado numa redução jesuítica, Pedro Missioneiro. Ela o encontrou feiro perto da sanga e o pai e irmãos o recolheram e o trataram no rancho. Apesar de certa má vontade do pai e irmãos, o índio foi ficando e se incorporando ao primitivo clã. Aí vivia, trabalhava, tocava flauta e contava estórias muito lendárias, numa língua misturada de português e espanhol.
Dos amores de Ana Terra e Pedro Missioneiro, vai nascer, mais tarde, um filho que repetirá as feições e o nome do pai e a teimosia e o silêncio do avô Maneco Terra. (Pedro Missioneiro aparece e desaparece rodeado de algum mistério e se projeta como um mito. Possui certos poderes mágicos que o tornam meio sobrenatural. Para cumprir o código de honra do clã e por ordem do chefe Maneco Terra, Antônio e Horácio, irmãos de Ana, matam e enterram, longe do rancho, o índio Pedro Missioneiro. Bem longe da estância para não infringirem o dever sagrado da hospitalidade. Tudo questão de honra familiar. O filho de Ana Terra e Pedro Missioneiro nasceu em 1789.
A vida continua amarga e se torna trágica, quando um bando de castelhanos invade os ranchos dos Terras, mata o pai e o irmão de Ana Terra e os dois escravos, violentando Ana Terra e desaparece, destruindo tudo e levando o que quiseram. D. Henriqueta já tinha morrido. Ainda escaparam da chacina Eulália, mulher de Pedro, Rosinha, sua filha e Pedro, filho de Ana Terra, que por ordem dessa, se tinham escondido no mato.
Quando as carretas de Marciano Bezerra passam por ali, em demanda das sesmarias do Coronel Ricardo Amaral, as duas mulheres e as duas crianças seguem com eles. Ana Terra segue para o rincão longínquo de Santa Fé: é a fuga da sua solidão, de sua família, eliminada, do crime dos irmãos que mataram Pedro Missioneiro, da insegurança e da violência que tomaram conta de sua terra. É a fuga ao passado.
Depois de longa viagem e sofrimento, chegam ao final do caminho e fincam raízes na terra. Eulália se une a um viúvo e cria a filha Rosa. Ana Terra cria Pedro. Estão lançando os alicerces de Santa Fé. Passa o tempo e o vento. Pedro, já moço, volta de uma guerra sob as ordens do Coronel e se casa com Arminda Mello: do casamento nascerá um casal de filhos, Juvenal (1804) e Bibiana (1806) que se casarão com Maruca Lopes e com Rodrigo Cambará.
O Coronel Ricardo Amaral morreu na Guerra. Agora, nova guerra para a conquista da Banda Oriental (1811). E lá se foi novamente, para a guerra, Pedro Terra, agora, sob as ordens do Major Francisco Amaral. Pedro sabia bem o que era uma guerra. Ia sem nenhuma ilusão. Despedindo-se da mãe, lhe diz: “Mãe, tome conta de tudo...” - Tem pressentimentos de que não voltará. E Ana Terra fica escutando o vento. “Estava de tal maneira habituada ao vento que até parecia entender o que ele dizia...” Nas noites de ventania, ela pensava nos seus mortos. Muitos anos depois, sua Bibiana, já mulher feita, ouvia a avó dizer, quando ventava: “Noite de vento, noite dos mortos”.
Cabe então situar a mulher gaúcha representada na obra de Érico Veríssimo como agente ativo das mudanças sócias, concorrendo como o universo masculino, talvez não entranhado nas guerras, trincheiras ou campo de batalha, mas na sustentação e na caracterização econômico-cultural de um povo, uma região.
A mulher no decorrer dos anos passa ser vista como desempenhadora de atividades matrimoniais e maternas (COUTINHO, 1972), os direitos iguais aos homens lhes são renegado, cabendo-lhes apenas atuar no restrito espaço fechado do lar, sendo tarefa masculina o trabalho “árduo” de problemas jurídico-político. (DEL PRIORI, 1995).Todavia , é preciso sair do campo legal e político, espaço de reprodução de desigualdades, produtos de injustiças e manifestamente ideológico. Para verificar a influência das mulheres no plano prático, onde muitas heroínas são reveladas pela prática, e pela habilidade em resolver problemas do cotidiano.
Érico Veríssimo, apaixonado pelas mulheres, “se faz Deus”, e dá vida a mulheres corajosas, enfatizando a real posição e atuação da mulher. (CHAVES, 1972) o cotidiano social, freqüentemente marcado por conflitos, sempre se recompõe na capacidade amorosa das personagens femininas. Sendo através das mulheres, normalmente superiores aos homens que se estabelece o sustentáculo do mundo que ameaça a ruir.
Em Ana Terra afloram muitos problemas sociais que podem ser exemplificados. O regime do rancho, da estância é o paternalista: o pai, o marido tem a primeira e última palavra. E não se discute. Impõe sua vontade, a começar da partida de S. Paulo para a solidão do Sul. Todos, mulher, filha e filhos se submetem à “onipotência” do chefe.
A imagem da mulher em toda a história é permeada por preconceitos e subordinações. Elas sempre são vistas pela ótica da fragilidade e da capacidade das tarefas domésticas. Esta sempre a margem das decisões social, factualmente legalizada, só conduz a o agravo de sua posição tanto no seio familiar como na sociedade.
O que se verifica nos documentos históricos é a total passividade feminina ante aos conflitos inerentes à questão de sua posição e atuação social. Estas religadas a submissividade, aos deveres matrimonias e a ausência legal equiparativa aos homens determinou por muitos séculos a sua anulação enquanto ser e contribuinte social potencialmente capaz.
O que se busca não é comprovar que a mulher é igual ao homem em todos os aspectos, mas sim que sua contribuição na construção do contexto Sul Riograndense não deve ser desprezado.
Pelo fato de Érico Veríssimo, entrelaçar seus personagens com fatos históricos reais, sua obra realça a proximidade com a verossimilhança. Nada mais natural para um escritor que possui grande qualificação literária. No que se refere a obra, pode-se perceber que as figuras femininas são diversas daquelas que se submetiam a vontade patriarcal, porém como ressalta se assemelham aos homens, com vestimentas rudimentares e mal feitas, com assuntos próprio da ala masculina.” Quanto mais tempo passava o marido e os filhos iam ficando como bichos naquela lida braba” VERÍSSIMO, 2001).
A função “guerreira” do homem só foi bem sucedida, porque havia um suporte feminino implícito e organizacional, que lhes permitiam permanecer afastados das lidas por vários dias ou meses, apesar da decadência ocorrida pela falta de braços (mão-de-obra). (PESAVENTO, 1991). Geralmente as mulheres estão mais a frente das lidas, sendo menos acanhadas, conversam um pouco mais (ZILBERMAN, 1985).Isso demonstra que tanto o homem e a mulher são agentes ativos transformadores da sociedade, mesmo que essas ações sejam focalizadas e tenham ênfases diferentes.
Na conquista das terras sul Riograndense, uma das personagens exemplares, Ana Terra passa a ser o arquétipo da mulher que toma “as rédias” do seu destino para caminhar pela árdua sociedade machista. A morte vai definir a sorte e a libertação de Ana Terra do julgo paterno ou masculino. Exterminada a sua família, ela acha um novo caminho e parte. Vai com ela seu filho Pedro. De Ana Terra sairá também um sobrenome para a família que vai nascer. Naqueles tempos e naquelas terras se vive sob o signo da insegurança, principalmente pelas escaramuças castelhanas, nas guerras de rapinagens, de dinheiro e de sexo. Vive-se sob o signo do medo.
As mulheres vivem a dualidade com o masculino. Ana Terra, como outras mulheres, são a fixação e a conservação do clã; os homens, a conquista e a passagem: Homens: conquista; Mulheres: conservação. O que predomina no ciclo de formação dos Terra-Cambará é a linha materna. As mulheres impõem sua permanência e seu nome.
A ligação entre a literatura e a história está presente constantemente na obra “O continente” e no fragmento de “Ana Terra”. O autor entrelaça fatos que ocorreram realmente com os personagens de seu imaginário, transformando em arte. (ZILBERMAN, 1985).
Em toda a obra, a história aparece interdita. Entremeada com situações ficcionais, tão verossímeis como o real. Ela é apenas o suporte, a base para a criação do artista. Manifesta-se como metáfora de uma outra história não conhecida. Num esquema geral da obra, o autor pretende destacar o progresso, a moral e os costumes, a economia, a sociedade, a história e a cultura, as guerras cada vez mais recorrentes, o luto e a vida áspera do campo. A história foi adaptada de suas leituras de L’Illustration, nos números dos anos 1909 a 1910 do Rio Grande do Sul, suplementada pelos artigos do Correio do Povo, quanto a datas e eventos históricos da virada do século (CLICRBS, 2006).
A mulher pouco a pouco vai se inserindo a sociedade, invadindo posições antes exclusivas do homem, exemplo disso é a transformação da personagem Ana Terra: A mulher trabalha nos afazeres domésticos, isto é, dentro do lar e na roça de quintal. Eram elas que tomaram conta dessas tarefas, (COUTINHO, 1994). Ela era totalmente passiva as ordens dos maridos. Retomando a personagem de Ana Terra, ela sofre uma transformação, acontece após a morte de sua mãe, e a coloca no mesmo plano que os homens. O que se concretiza com a morte de Maneco e Antônio e seu estupro. Onde ao partir com o filho para Santa Fé, antes de buscar paz, ela busca posicionar-se enquanto mulher, busca ser reconhecida como cidadã.
Portanto, a personagem Ana Terra, comprova que por mais servil que seja a mulher ou audaciosa, elas sempre contribuíram para que a família estivesse bem, sendo a família um espelho do social, elas sempre tiveram o seu quinhão na construção da história Sulriograndense, principalmente na literatura de Érico Veríssimo, que sempre se declarou um admirador das mulheres.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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CLICRBS. Ana Terra (O Tempo e o Vento - O Continente). Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/especiais/jsp/default.jsp?espid=6&uf=1&local=1&newsID=a
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