André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

sábado, 29 de dezembro de 2007

PURIFICAÇÃO

PURIFICAÇÃO

Um dos grandes propósitos de um novo crente em Cristo Jesus é a purificação do que se chama a casa de Deus. Podemos procurar o quanto quisermos e não encontraremos um que não cite o desejo de ser renovado pelo sangue de Cristo ou pelo poder de Deus. Os propósitos firmados no ato conversivo ou nos momentos de manifestação do Espírito às vezes são olvidados ou enfraquecidos quando o retorno ao lar se transforma em um caminho árduo ou promessa da prosperidade é mergulhada nas lágrimas da prova. Atualmente os crentes querem ser aprovados sem passar pela prova e o pior confundem a promessa de prosperidade com os ditames capitalista de acúmulo e transitoriedade material, ou seja, ser próspero deixou de significar algo próximo ao bem-sucedido para revestir-se do caráter capitalista de ter o carro do ano, o celular da moda, o mp3, o mp4, etc, etc.
A revista do momento aponta para estereótipos (modelo) de beleza, de conduta, de atitudes que devem as pessoas seguir para estarem dentro do grupo, em hipótese alguma admite-se não estar na moda, ser taxada de inconveniente. Quando contextualizamos o tema purificação na vida dos jovens esbarramo-nos em questões mais delicadas, pois estes se encontram mais vulneráveis as normas seculares que os adultos, (entenda-se por jovem aqueles adolescentes e jovens).
Os jovens confiam muito no vigor físico como único meio eficiente para a salvação de todos os males. É preciso considerar o que está escrito nas Escrituras para que se proceda com a purificação.
O primeiro texto sagrado é encontrado em Gálatas 5: 18-26, onde podemos verificar a classificação entre os atos da carne (e que mais estão suscetíveis os jovens) e os atos provenientes do Espírito (considerados frutos do amor). São assim considerados obras da carne a prostituição impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, ciúmes, iras, pelejas, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias e coisas semelhantes a estas. O Texto sagrado é claro em afirmar que quem fizer uso destas ações como prática de vida “não herdarão o reino de Deus”. Em Romanos 1: 29-31, citam-se outros Frutos da Carne: “Estão cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade. São murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos,inventores de males, desobedientes aos pais e as mães; são néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconhecíveis, sem misericórdia”.
Antagonicamente aos atrativos carnais estão os frutos do Espírito,que são bons e nos levam ao bem: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. No versículo 25 do capítulo 5 de Gálatas vemos que “se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”.
É preciso saber e ter consciência de que o que comentemos e conforme agimos nos nossos dias terrenos, seremos julgados e retribuídos, ou com coroa de glória ou como assalariado da morte.
Na sociedade moderna é de praxe o homem (homem e mulher) sentir-se orgulhosos em afirmar que são vaidosos. A vaidade pode ser conceituada como sendo algo que expõe qualidades exteriores do indivíduo. A vaidade está ligada ao cuidado com o corpo, o físico e a utilização de coisas para adequar-se aos padrões de beleza.
Não há mais a divisão entre homens e mulheres quando o assunto é vaidade. As mulheres estão dividindo igualmente os salões de “beleza” com seus maridos, pintar cabelo é coisa do passado, homens e mulheres disputam horários em clínicas de cirurgia plástica em busca da eterna juventude, olvidam-se que a eternidade só é possível com Jesus.
É necessário converter-se os corações e guardar os mandamentos de Deus, bem como os seus estatutos, para que não caiamos em desgraça do mesmo modo que Israel na época de Oséias, que viviam sob a normatividade da impenitência, da incredulidade e da teimosia. Viviam sob o jugo da separação, infiéis a justiça, sob o preceito da vaidade:

Porém não deram ouvidos, antes endureceram a sua cervis, como fizeram seus pais, que não creram no Senhor seu Deus.
Rejeitaram os seus estatutos, e a sua aliança, que fizera com seus pais, como também as suas advertências, com que protestara contra eles. Seguiram a vaidade e se tornaram vão, como também seguiram após as nações que estavam ao redor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem.
Deixaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e fizeram para si duas imagens de fundição em forma de bezerros, e um poste-ídolos.(...) (2REIS 17:14-16)

Assim, fazem muitos jovens na atualidade, não acreditam no poder restaurador e renovador do próprio criador, para buscarem a perfeição física exposta em revistas e novelas, crerem em ídolos tão tolos e absurdos como os bezerros da antiguidade, e ignoram que “pois a aparência deste mundo passa” (1 Cor. 7: 31). É preciso seguir o exemplo de Paulo e Barnabé rasgando as vestes (abrindo mão daquilo que nos cobre de impureza e se questionar: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.” (AT. 14: 15).
O salmista no uso da atribuição divina de sabedoria no capítulo 127, versículo 1 declara que “ se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. E, no capítulo posterior, Davi exemplifica a prosperidade de quem não edifica o seu caráter e seu viver nas coisas do mundo:

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Comerás do trabalho das tuas mãos; feliz será, e te irá bem.
A tua mulher será como videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
Assim é abençoado o homem que teme ao Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião todos os dias da tua vida; para que vejas a prosperidade de Jerusalém, e vivas para ver os filhos de teus filhos. Paz seja sobre Israel.”

A vaidade é um câncer da alma que destrói aos poucos aquilo que o homem tem de mais puro. A vaidade (e não os atos de higiene e saúde, como cuidados com dentes, doenças, roupas limpas e passadas), mas a vaidade descabida que entranha milhares de pessoas em academias, enlouquecidos por corpos “perfeitos”, que sujeitam-se a mutilações em seus corpos em busca de padrões humanos estabelecidos como modelos de beleza, e coisas inatingíveis senão pela criação divina.
Um outro ponto necessário a ser abordado na vida dos jovens é o aspecto corporal voltado ao sexo. Como falado anteriormente, a prostituição está no rol dos frutos da carne, cabe dizer que esse rol não é exaustivo, existem muitas outras coisas que nos levam a morte.
O escrito no livro de Romanos 1:25-27 retrata a incredulidade humana perante a verdade divina e o uso no corpo como instrumento do pecado contrariamente à vontade de Deus:

Pelo que Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si.
Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito eternamente. Amém.
Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua sensualidade uns para com os outros, homem com homem, cometendo torpeza, e recebendo em si mesmos a penalidade devida ao seu erro.


O jovem está imerso no contexto da contaminação, e nisso tem culpa não somente a televisão, as revistas, a internet, demais meios de comunicação como também a família que não conversa sobre a verdade de Deus. Essa contaminação do caráter e da conduta cristã do jovem acontece pela liberalidade sexual e defesa da diversidade de identidade. Adolescentes recém iniciam o seu amadurecimento já estão sexualmente ativos e a prática sexual acontece indiscriminadamente entre o grupo de amigos. Dentre os casos a serem citados e que podem ser verificados no trecho bíblico acima citado são as experiências homossexuais masculinas e femininas.
Adolescentes meninos tanto deitam-se como mulheres como com seus amigos e diversas vezes até com tios e primos, usando seu corpo como se fossem corpo de mulher, da mesma forma tomam os corpos de seu próximo como se de mulher fossem.
Não obstante, houvesse a repreensão social/moral (hipócrita) de homens casados tem relações sexuais tanto com mulheres como com outros homens, recorrendo-se a desculpa do fetiche e da fantasia sexual para desviarem suas condutas da vontade do Pai.
A vida purificada e santificada de acordo com a Palavra, precisa de constante cuidado. O inimigo está solto e pega até aqueles que cuidam de suas atitudes públicas e não caem nas armadilhas citadas anteriormente. Porém, é preciso considerar que na intimidade, muitos descuidam de sua vigia e fazem a vontade da própria carne. Meninos e meninas, visivelmente santificados e dedicados à obra, num momento de fraqueza e solidão deixam a oração em segundo plano e caem na satisfação de seus instintos carnais e praticam a masturbação.
No momento em que estão deitados em suas camas fechados em seus quartos ou na hora do banho, muitos durante a higiene pessoal, começas a passar a mão com mais vigor e sentem a resposta aos estímulos de forma positiva. A menina sempre começa com o primeiro dedo e o menino sempre começa ensaboando, dentro de poucos dias após a descoberta do orgasmo ou da ejaculação, os segundos de prazer-solitário comprometem a eternidade, pois juntamente com essa atitude, povoam a mente do adolescente pensamentos e desejos que não satisfazem os requisitos necessários a santificação.
Na falsa certeza de que será a última vez, muitos adolescentes continuam se masturbando, continuam deitando-se como mulher com seus próximos e tendo-os da mesma forma como mulher, e mulheres com mulheres. É preciso para isso, muito mais que força de vontade interior como muitos pregam, é preciso jejum e muita oração. “Bem-aventurado o homem que continuamente teme ao Senhor, mas o que endurece o seu coração virá a cair no mal” (Pv. 28-14). Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo odever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, inlcusive tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. (Ec. 12:14).
O capitalismo moderno leva os jovens à ganância. Eles querem tudo e depois que conseguem isso não basta, não os satisfazem. O celular da moda hoje, amanhã não será e assim continuamente. Roupas e objetos são trocados constantemente, e isso tende a passar para as pessoas, e começam a trocar de namorados, namorados e namorados.
Em Lam. 3:27 encontramos um alerta aos jovens que vivem com a sua lanterna da sexualidade ativa: “Bom é para o homem suportar o jugo da sua mocidade”, isto é, é bom que o homem tenha autocontrole, domínio próprio que é um Fruto do Espírito. Não podemos esquecer que nosso caráter, nossa alma é mais preciosa que a nossa carne, que a vida física.
Em 1Jo 2:13 -14 há um direcionamento da palavra aos jovens. Da mesma forma, há uma responsabilização aos pais. O jovem deve conhecer a Cristo, mas os pais devem influenciar os seus filhos porque já conhecem o maligno da juventude.

Pais, eu vos escrevo, porque conhecestes o Pai. Eu vos escrevi pais, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo porque já vencestes o maligno.
Eu vos escrevi meninos, porque conhecestes o Pai.. Eu vos escrevi pais, porque já conhecestes aquele que e desde o principio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.

Os jovens devem estar atentos às seguintes palavras do Salmista 119:9 “Como purificara o jovem o seu caminho? Observando segundo a palavra.”. Observar os preceitos de Deus não é apenas um ditame, mas é um dos ordenamentos maiores de Cristo que diz que “

É preciso, então, “ no tempo que vos resta na carne não vivais mais segundo as concurpisciencias dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Pois é bastante que no tempo passado tenhais cumprido a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias.” (1Pe. 4:2-3).
Crer no Pai e em Jesus é acreditar e seguir os seus mandamentos, consequentemente observar as suas palavras e afastar-se daquilo que não porvém de Deus, por mais maravilhoso que possa parecer. Não podemos esquecer que o inimigo de nossas almas, se apresentará como “anjo de luz” para nos cativar.
Essencial é que em todo o tempo sejam alvas as teus vestes, e nunca falte óleo sobre a tua cabeça. (Ec. 9:8). Porque, “vaidade de vaidades, tudo é vaidade. (Ec 1:2). Pois, “o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1:7) e, “Deus tomou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (1Co 5:21).
O jurem também está suscetível de cair, de cansar na sua caminhada espiritual, assim como bem relata Isaías (39: 30-31) “Até os jovens se cansam e se fatigam, e os jovens tropeçam e caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças. Subirão com asas de águias; correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão.” Progredir espiritualmente é necessário, a esperança em Deus não pode ser abalada para que haja uma renovação espiritual diária. Conforme At. 2: 38 se faz urgente “arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.”. dessa forma, Deus: “Dará a vida eterna aos que, com perseveranças em fazer o bem, procuram glória, honra e incorrupção”. (Rom. 2-7)
Em Mateus 23:26, Jesus profere apenas uma frase que nos remete ao tema purificação interna. O homem é cego espiritual por natureza, é preciso que apresentem a ele o Evangelho. Com o advento dos aparatos tecnológicos e modernos valoriza-se mais o exterior do que o interior, por isso muitas vezes não se compreende como uma mulher “tão linda” nos moldes da sociedade atual, casou-se com um homem feio, pobre e honesto (sem ambições). O coração do homem está envolvido num pacote de podridão moral, de corrupção, de valores deturpados e de frutos da carne. Precisamos deixar se sermos cegos como o fariseu e limpar primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
Assim, como o diabo tentou Jesus no deserto ele está tentando muitos jovens que estão no meio de nós, que conhecem a Verdade Divina e já sentiram o poder de Deus em suas vidas. E dão ouvidos às palavras do maligno: “Tudo isto te darei se prostrado, me adorares.” (MT 4: 9). Acreditando na falsa promessa de que terão acesso a riqueza do mundo, deixam a vida eterna e a vontade do Pai de lado, para seguir as normas temporárias terrenas.
Apesar dos empecilhos desta vida terrena é preciso entender e praticar as palavras de Paulo: “Antes como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angustias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus; (...)”. (2 Co. 6:7-9)
Para que haja uma purificação é necessário que seja respondida a pergunta (2 Co 6: 14 e 7:1) “Que comunhão tem a luz com as trevas?”. “Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no temos de Deus.”

O que tem determinado meus comportamentos enquanto cristão: os padrões bíblicos (frutos do Espírito) ou os ditames sociais (frutos da carne)? E qual é a minha gratificação: uma coroa das mãos de Cristo ou o salário do pecado, a morte no lago de fogo e enxofre?

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