André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Leitura e Férias

Esses dois vocábulos parecem ser incompatíveis, principalmente quando passamos o ano inteiro carregados de leituras profissionais. No entanto, poucos são os prazeres melhores do que uma leitura durante um período de relaxamento. Assim, é possível destacar quatro pontos favoráveis da leitura de férias.
O primeiro ponto de destaque sobre a leitura nas férias, é que nesse período podemos eleger textos de nossa presidência, sobre assuntos que temos maior afinidade ou que nos interessam. Quando estamos envolvidos com coisas que temos empenho, a leitura torna-se algo que flui normalmente e com maior aproveitamento. Então, quando decidimos fazer leitura de um livro que nos espera na estante a alguns meses durante o período de férias sem sermos compelidos no que tange ao assunto a leitura é muito prazerosa.
O segundo ponto da leitura no período de férias, é que ela sendo descomprometida com fatores externos pode-se dar ênfase ao que considerar mais importante no texto, determinando um ritmo pessoal no ato de ler. Não há uma data limite, com término programado por outra pessoa. É o próprio leitor quem determina o ritmo e os horários da leitura, e a sua finalidade está mais vinculada a intenção do leitor e não a de dada ementa disciplinar.
O terceiro ponto que envolve a leitura nas férias escolares ou profissionais, é que o tempo que em ocorre a leitura é um tempo de sossego, não há pressões, nem interrupções. Nada mais inoportuno que ler um livro, independente da extensão, sendo pressionado a terminar, a analisar segundo um roteiro prévio, com abordagens distintas daquelas que queremos imputar ao texto. É nesse sentido, que uma leitura fora do alcance acadêmico ou profissional estabelece com o leitor uma cumplicidade e propicia prazer impar.
O quarto ponto da leitura nas férias refere-se a relação do próprio leitor com o texto. O leitor toma como sendo seu, algo que não lhe pertence. Ou seja, há uma apropriação do leitor para com o texto e do texto para com o leitor, maior nessa leitura descomprometida, do que naquelas marcadamente obrigatória. Infelizmente, na maioria das vezes, o leitor ao ser impelido a leitura não se entrega totalmente ao texto, sempre reservando parte de seu conhecimento para si, escondendo ou limitando sua experiência, como num gesto de desconfiança. Já na leitura de férias, a qual chamamos de descomprometida acadêmica ou profissionalmente, o leitor, por ter tido a iniciativa, abre-se para o texto, como que numa troca mútua, havendo, assim, maior aproveitamento.
Dessa forma, não é tão dissociada a ideia de que os vocábulos leituras e férias possam caminhar no mesmo trilho. Acreditamos que, a leitura seja tão importante e vital para o ser humano como os atos higiênicos, embora haja muita divergência entre essa comparação. Não é porque se está de férias que se deixe de tomar banho ou escovar os dentes, também, não é porque se está de féria que não se deva ter momentos de leitura.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

DICAS DE LEITURA: JANEIRO DE 2011


NADA A DIZER
de Elvira Vigna


Nada a dizer é a história de um adultério, narrada do ponto de vista da mulher traída. No entanto, muito mais do que o inventário de perdas e danos em que costuma consistir esse tipo de relato, o que se encontra nestas páginas é uma investigação minuciosa das motivações de cada um dos envolvidos, bem como uma discussão indireta das possibilidades de entendimento amoroso no mundo urbano contemporâneo.
Temas como lealdade, autoconhecimento e convivência afloram das evoluções do triângulo formado por Paulo, sua amante N. e a narradora, cujo nome não é revelado. Um fugaz triângulo, em que um casal de alternativos de meia-idade, experimentados nas revoluções políticas e comportamentais dos anos 1960, é abalado pela entrada em cena de uma amante vinte anos mais jovem e com um perfil que tanto um quanto o outro não hesitariam em chamar de "burguês" em suas juventudes.
Uma das argúcias da autora é mimetizar a prosa confessional de autoexposição, tão em voga nos nossos dias, mas com o deslocamento e condensação de uma obra de ficção. Com um humor cruel e uma lucidez não prejudicada pelo natural rancor, a narradora revisita obsessivamente os acontecimentos, buscando entre eles as raízes de seu autoengano, num exercício quase masoquista - mas necessário - de descoberta e revelação. É sua única via possível de recuperação.
A instabilidade marca a trajetória dos personagens. No início do relato, o casal de protagonistas acaba de se mudar para São Paulo. As caixas e malas espalhadas aleatoriamente pela casa são o signo de uma aceitação consciente de ritos de passagem. Não por acaso, grande parte dos acontecimentos narrados ocorre em trânsito - na rua, em aeroportos, cafés, hotéis de alta rotatividade - e as conversas cruciais se dão no espaço fluido dos e-mails, chats on-line e mensagens de celular. A história que a narradora afinal consegue desenhar é volátil e inapreensível como a própria vida.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

UMA SEMANA DE PRAZO PARA SUA TRISTEZA





Uma semana para melhorar sua auto estima (10 passos)

Nada melhor que tirar uma semana das suas férias para cuidar de você. Mesmo que o ano não tenha sido tão corrido, é muito bom estar se preparando para o próximo ano. Abaixo sugerimos que em uma semana realize os passos de ouro para melhorar sua auto estima:
1º passo – Alimentação – Faça uma dieta com frutas, chás, sucos, verduras, legumes. Livre-se de gordura e açúcar pelo menos por uma semana.
2º passo – Exercício físico – Faça exercícios físicos regularmente, no início do dia ou no final do dia. Não mais que uma hora.
3º passo – Visual – Dê um trato em seu visual, (não comprando roupas novas), mas abrindo seu guarda-roupa e utilizando e reformando aquelas roupas que estão no fundo. Use cores alegres.
4º passo – Corporal – Corte cabelo, faça unhas, sobrancelhas, limpeza de pele, etc.
5º passo – Filme ou livro – Separe um dia para ver um filme e ler um livro que você se identifique. Sugerimos um filme que tenha significado especial e mensagem de superação.
6º passo – Artesanato – Separe algumas horas dos dias da semana para realizar algum trabalho artesanal, principalmente aqueles que lhe dão prazer e que tens facilidade em realizá-los. Melhor se esse trabalho puder ajudar na decoração da casa, pois visualizar seu trabalho pronto é um estímulo para seu ego.
7º passo – Amigos esquecidos - Visite pelo menos três pessoas amigas com as quais não fala comodamente a mais de seis meses. E se puder leve um presentinho. Ah, não esqueça da dieta!
8º passo – Passeio breve – Faça um passeio breve (um dia) em um lugar que queria conhecer ou revisitar. De preferência sozinho(a). Não um lugar onde você tenha que comprar, mas que você possa usufruir do local sem se preocupar com o financeiro. É uma oportunidade e um exercício de conhecer novas pessoas e fazer novas amizades.
9º passo – Saia com os amigos – Convide, combine, e saia com os amigos para se divertir no sábado a noite. Seja num barzinho, num restaurante, numa boate, enfim, o que importa é sair para se divertir.
10º passo – Planeje um futuro imediato – Aproveite que está de bom ânimo e estabeleça metas e estratégias para os próximos 4 meses que estejam guardados em seu coração e que a muito tempo quer realizar, como por exemplo, a carteira de motorista, aquele tratamento de beleza dos sonhos, um curso de língua estrangeira, a renovação de sua casa.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CELEBRAÇÃO DE ANO NOVO



















Celebração de ano novo, conforme o programa abaixo:








PROGRAMAÇÃO DE ANO NOVO

1º Passo:
INTRODUÇÃO - Música Instrumental Harpa

2º Passo: Mensagem lida sobre o ano novo.


3º Passo:
Narrador: Nesse novo ano queremos firmar um novo compromisso com Cristo, o que representa uma tomada de atitude.
Queremos agradecer a Deus pelas inúmeras bênçãos recebidas em 2010:
(Música Não haverá impossíveis em playback) (entram pela frente com os objetos nas mãos e colocam sobre a mesa, ficando em pé ao lado do narrador).

4º Passo:
Narrador
Fé- agradecemos pela fé que nos foi dada para superar as lutas (Bíblia).
Amor - agradecemos pelo amor de Deus por nós, que nos ama mesmo sabendo que somos pecadores (coração)
Paz – agradecemos pela paz, refrigério de nossas almas que é Jesus Cristo,a fonte de água viva. (Recipiente com água);
Alimentos – agradecemos pelo alimento que não faltou a mesa (recipiente com Grãos)
Estudos – agradecemos pelo conhecimento adquirido, que saibamos e possamos usá-lo em beneficio da obra de Deus (livros).
Abrigo - agradecemos pelo agasalho nos dias frios e pela palavra que aquece nosso coração (manta de lã).
Trabalho - agradecemos pelo trabalho, pois dele tiramos nosso sustento e nossa dignidade (carteira de trabalho).
Pão e Vinho – agradecemos pelo pão e pelo vinho, representando o corpo e o sangue inocente de Cristo Jesus, que morreu pelos nossos pecados, para nos salvar e nos dar a vida eterna. (pão e jarra com vinho).

5º Passo:
Narrador: E pedimos que em 2011 as pessoas possam ver em nós os frutos do teu Santo Espírito: ( música em playback, e entram alguns jovens carregando tecidos coloridos com nomes dos frutos do Espírito Santo, colocando num local iluminado)
Amor
Gozo
Paz
Longanimidade
Benignidade
Bondade
Fidelidade
Mansidão
Domínio próprio

6º Passo:
(Juventude canta uma música)
Música:

7º passo
Mensagem de ano novo em áudio

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

você é gordo?





Em uma conversa cotidiana entramos no assunto das amizades virtuais que tanto tem gerado discussões na mídia e nos educadores, o que nos levou a outro assunto não menos polêmico. Relatávamos nas experiências ocorridas em ambiente virtual, principalmente na ânsia de conhecer novas pessoas e estabelecer novas amizades.
Assim, chegamos a conclusão que grande parte das pessoas que acessam a internet já buscou conhecer alguém pelas redes sociais ou pelo chat, seja qual for o motivo. Isso se tornou tão usual como comprar uma revista que comunica na capa um assunto o qual nos interessa.
No entanto, o cerne de nossa discussão girou em torno de uma pergunta simples e direta mas que denuncia preconceitos e a vulnerabilidade do internauta frente as exigências sociais: Como você é?
Se conhecermos a pessoa pessoalmente, não perguntamos isso, porque estamos vendo-a em nossa frente. Conheceremos em primeiro lugar sua aparência do que seu interior e o que pensa realmente. O que não ocorre nas relações virtuais, caso não haja mentiras no bate papo. O papo até pode estar interessante, as conversas fluindo, os objetivos serem semelhantes, porém, chega um momento em que é inevitável escapar dessa questão.
Mais do que uma curiosidade em saber como o outro ser é, essa questão está eivada de intenções avaliativas e classificatórias, mesmo que inconscientemente. Caso seu interlocutor não esteja dentro dos padrões socialmente determinados e desejados, é quase que instintivamente, na grande maioria das vezes, a realização de outra pergunta: VOCÊ É GORDO (A)?
Essa questão é realizada de forma tão agressiva, quanto perguntar se a pessoa é culpada de um crime doloso ou de algo moralmente condenável, deplorável. Algumas pessoas tentam disfarçar e perguntam a mesma coisa, só que num tom diminutivo, o que não ameniza nenhum pouco suas intenções, demonstrando o preconceito, a futilidade e a mediocridade de tais pessoas que olham para as aparências .
O que podemos tirar de tudo isso é que até mesmo para contatos virtuais o vício da aparência física adequadamente alinhada aos modelos inatingíveis está com as suas garras afiadas para atacar as pessoas.
Infelizmente muitas pessoas (e isso nos incluímos) temos se deixado levar por essa falsa idealização de imagem perfeita e temos deixado de aproveitar a vida e curtirmos bons momentos, por estarem influenciados por essa onde de culto ao corpo “saudável” (até que ponto, eu ainda não descobri).
Isso tudo não é virtual: é real. E de tempos em tempos, visita nossos lares. Então, é oportuno refletirmos sobre outras questões importantes:
- Você é feliz? (mesmo com alguns quilinhos a mais do que você deseja ter)
- Estar gordo te impede ou te limita de fazer algo que você curte? Por quê?
- Estar gordo altera teu caráter? Tua inteligência? Teus sentimentos com os outros?
- Você está sendo influenciado ou tem influenciado pessoas?
Estar bem consigo mesmo é o primeiro passo para mudar situações e padrões que tem levado milhares de pessoas à ruína.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O gaúcho sob dois olhares






Dos autores gaúchos são indiscutivelmente excelentes são Érico Veríssimo e Cyro Martins. O primeiro, cruzaltense de nascimento, e por conseqüência gaúcho por natureza, se propôs a retratar em suas obras o Rio Grande do Sul dos grandes feitos e realizações, principalmente na trilogia O Tempo e o Vento. Embora a sua obra seja cheia de grandes personagens, o que ganhou maior destaque foi sem dúvida os que fazem parte da família Terra Cambará e sua epopéia pampeana.
Outro autor de notória ciência é Cyro Martins, nascido em Quaraí, e não menos gaúcho que Veríssimo, destacou-se tanto na Psiquiatria como na Literatura. No entanto, trilhou caminho oposto ao de seu conterrâneo cruzaltense e retratou o gaúcho, não nas suas façanhas, mas na gradativa decadência dos estancieiros. Esse assunto é abordado na trilogia O gaúcho a pé (composta por Sem rumo, Porteira Fechada e Estrada Nova).
No estudo da literatura costuma-se dividir as obras em períodos literários ou escolas literárias para melhor compreensão. Érico Veríssimo é um autor que é normalmente enquadrado nos livros didáticos como pertencente a escola
Érico Veríssimo descreve o gaucho na sua trajetória literária como um arquétipo de conduta. Enfim, os personagens são semelhantes aos personagens homéricos, com bravura e altivez na defesa das terras e da honra, já que a honra Cambará está nas ações e nas atitudes. Tanto que uma das obras que compõem a trilogia de Veríssimo possui traços da literatura norte-americana de Wilde. Eles, os personagens, vivem no tempo histórico e são usados como reforço de valores discutíveis.
Em contraposição a essa descrição do gaúcho homérico, está a obra de Cyro Martins que demonstra não mais uma visão romantizada e sim as problemáticas da realidade da população “dos pampas”.
Cyro aponta a existência de novos grupos sociais, tais como os ex-campesinos e da classe média que ora se politizava. E o tempo que utiliza nas suas narrativas não é mais o histórico, mas um tempo atual. E seus personagens são despidos das glórias, vivendo numa sociedade decadente.
Cyro Martins recria o gaúcho como o anti-herói que está excluído da sociedade, através da falência da estância e da ida de alguns gaúchos a marginalidade urbana. Contrariamente, as conquistas dos personagens de Érico Veríssimo.
O gaúcho de Cyro não é o mesmo gaúcho de Érico. Pelo contrário, ele não é mítico, não vive de suas glórias. Cyro trata do gaúcho como sendo um trabalhador rural, enquanto Érico olha sob viés da patronagem. Cyro retrata a sociedade injusta e desigual da época, com a política de coronelismo centralizador, e que coloca como marginalizado o trabalhador rural que busca a sua sobrevivência em outros meios, não mais aqueles gloriosos de Érico Veríssimo.
Enfim, vale a pena ler esses dois autores com visões distintas sobre o mesmo assunto.

domingo, 17 de outubro de 2010

VERDE E AMARELO (OU VERMELHO?)

A bandeira do Brasil representa muito daquilo que fomos e um pouco daquilo que ainda somos. O Brasil, um país de extensão vasta, ainda é rico por seus recursos naturais, bem como muito cobiçado por estrangeiros. Não somente as matas e florestas constituem um verdadeiro tesouro a céu aberto, mas no sub-solo, como por exemplo o aqüífero guarani. No entanto, o meio ambiente está sofrendo muito com o “desenvolvimento” acelerado da sociedade.
Não devemos desprezar no todo o que um dia falou o cantor e compositor Zeca Baleiro em uma coluna a uma revista onde discutiu as mudanças climáticas em um artigo enfadonho e repetitivo. Ele começou evocando mitologia e terminou na concordância de uma situação climática popularmente conhecida: o título é “O começo do fim do mundo” e seu subtítulo “as alterações climáticas e suas trágicas intempéries não deixam dúvida de que algo de muito grave está acontecendo no mundo”.
É verdadeiro afirmar que o mundo encerra mais um ciclo. Mas, quanto ao fim, prefiro não descarregar a consciência humana nos pés de Deus. O homem é o principal agressor da natureza, ou melhor, o homem é o principal agressor do homem. Principalmente, quando joga poluentes nos rios, sabendo que pessoas beberão destes sem ter outra alternativa, ou então, quando utiliza-se de milhares de litros de água potável para irrigar lavouras, consciente de que muitas pessoas irão morrer por falta destes litros.
Contradizendo o famoso Zeca Baleiro, Deus não está de férias, o que acontece é que o homem utilizou o livre arbítrio para seu conforto. É a velha história: para que a sala tenha um vaso florido, o jardim tem que perder suas mais belas flores. O preço da evolução “tecnológica” era a prazo e eis cobrador bate a porta do homem. O que acontece é que sempre um novo morador é que paga as contas.
Acredito que o mundo estaria pior, se não fossem os “discursos ecoxiitas”. O discurso ambiental deve imprescindivelmente ser ampliado e suas ações protecionistas colocadas em prática para que continuamos a ter qualidade de vida e principalmente ar para respirar.
O aquecimento global está acontecendo realmente, não precisa ir até as geleiras para ver sua destruição, é só observar a elevação das temperaturas ano a ano. Foi o tempo em que somente o RIO era 40º, hoje podemos dizer Brasil 40º e a bandeira já não é mais verde e amarela e sim, verde e vermelha, pois aquilo que tanto nos identificava está sendo aos poucos ficando em estado de alerta.