André Gilberto Boelter Ribeiro


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domingo, 17 de outubro de 2010

VERDE E AMARELO (OU VERMELHO?)

A bandeira do Brasil representa muito daquilo que fomos e um pouco daquilo que ainda somos. O Brasil, um país de extensão vasta, ainda é rico por seus recursos naturais, bem como muito cobiçado por estrangeiros. Não somente as matas e florestas constituem um verdadeiro tesouro a céu aberto, mas no sub-solo, como por exemplo o aqüífero guarani. No entanto, o meio ambiente está sofrendo muito com o “desenvolvimento” acelerado da sociedade.
Não devemos desprezar no todo o que um dia falou o cantor e compositor Zeca Baleiro em uma coluna a uma revista onde discutiu as mudanças climáticas em um artigo enfadonho e repetitivo. Ele começou evocando mitologia e terminou na concordância de uma situação climática popularmente conhecida: o título é “O começo do fim do mundo” e seu subtítulo “as alterações climáticas e suas trágicas intempéries não deixam dúvida de que algo de muito grave está acontecendo no mundo”.
É verdadeiro afirmar que o mundo encerra mais um ciclo. Mas, quanto ao fim, prefiro não descarregar a consciência humana nos pés de Deus. O homem é o principal agressor da natureza, ou melhor, o homem é o principal agressor do homem. Principalmente, quando joga poluentes nos rios, sabendo que pessoas beberão destes sem ter outra alternativa, ou então, quando utiliza-se de milhares de litros de água potável para irrigar lavouras, consciente de que muitas pessoas irão morrer por falta destes litros.
Contradizendo o famoso Zeca Baleiro, Deus não está de férias, o que acontece é que o homem utilizou o livre arbítrio para seu conforto. É a velha história: para que a sala tenha um vaso florido, o jardim tem que perder suas mais belas flores. O preço da evolução “tecnológica” era a prazo e eis cobrador bate a porta do homem. O que acontece é que sempre um novo morador é que paga as contas.
Acredito que o mundo estaria pior, se não fossem os “discursos ecoxiitas”. O discurso ambiental deve imprescindivelmente ser ampliado e suas ações protecionistas colocadas em prática para que continuamos a ter qualidade de vida e principalmente ar para respirar.
O aquecimento global está acontecendo realmente, não precisa ir até as geleiras para ver sua destruição, é só observar a elevação das temperaturas ano a ano. Foi o tempo em que somente o RIO era 40º, hoje podemos dizer Brasil 40º e a bandeira já não é mais verde e amarela e sim, verde e vermelha, pois aquilo que tanto nos identificava está sendo aos poucos ficando em estado de alerta.

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