A sociedade em geral e até mesmo a escola muitas vezes pautam seus ensinamentos na verticalidade, isto é, só se pode crescer profissionalmente se subirmos os degraus tradicionais de uma carreira sempre tendo como base um período de tempo. Pensa-se horizontalmente, só nos casos em que estamos ao lado de um concorrente e almejamos derrubá-lo, pois popularmente não há lugar para duas pessoas no mesmo degrau.
As pessoas não querem rever conceitos pessoais, nem estão mais interessadas em conceitos individuais e sim coletivos, pegam suas idéias irracionais e aplicam-nas indiscriminadamente na profissão. Se assumirem um cargo de chefia e forem despedidas, logo, querem começar em outra empresa ou organização de um lugar semelhante onde foram destituídas e não (para não dizer nunca) experimentar novos caminhos, iniciar do zero. O pior inimigo de nossa escalada são nossos próprios conceitos e preconceitos que nos amarram em uma corrente de falsa identidade profissional: Eu sou!
Queremos provar a nós mesmos que tais degraus estão sendo alcançados, mas não queremos saber a que topo eles nos levarão. E aí o perigo do profissional se perder na própria profissão.
No desenvolvimento profissional nos deparamos com inúmeros empecilhos para a realização de nossos sonhos, sejam estes sonhos de infância ou recentes. No entanto, para a realização deles, não nos movemos a buscar padrões novos, romper barreiras ou mesmo construir nosso próprio caminho. Quando tentamos fazer algo inovador, nos primeiros passos somos repreendidos pelos ditos “entendidos” no assunto e por ceticismo não continuamos, e se isso não acontece o medo de encarar o desconhecido ou o pouco explorado, nos paralisa. E desistimos de buscar novas inspirações ou como quer Miranda “escadas laterais” (possibilidades de crescimento alternativo).
Além disso, a era celebridade atingiu a vida corporativa. Todo mundo quer seus 15 minutos de fama, mas sem preparação, sem experiência, sem esforço algum. E surgem as questões: Há somente um caminho para se alcançar os objetivos? E quais os objetivos que queremos alcançar? O que fazer para alcançar meu objetivo?
A falta do olhar horizontal é um empecilho para o crescimento e um passo da queda profissional. A frustração não depende do outro ou da sua aprovação, mas das expectativas que nós mesmos temos em si, e daquilo que acreditamos que os outros têm sobre nós. E algo mais interno que externo.
Englobaria na busca pela realização profissional, a desistência de uma área com formação já em andamento, para apostar em uma formação que o sujeito tenha afinidade. Embora, o salário seja menor e o prestígio social não seja o mesmo. Ninguém é obrigado a seguir uma receita pronta para ser bem sucedido, pelo contrário, deveríamos ter como obrigação buscar novos caminhos.
Acredito temos possibilidades diárias para comprovar nossa qualidade máxima no local de trabalho. Ou seja, quando exercemos dada atividade que gostamos, a realizamos de tal maneira que tornamo-nos um profissional que transborda qualidades. Sem precisar estar subindo em escadas verticais.
Precisamos relacionar nossa satisfação pessoal com a profissional, e analisarmos nossas qualificações e qualidades, antes de querer se comparar com outros profissionais. O sucesso profissional depende da nossa própria evolução e não da do outro. Por isso, concordo com Marcelo Miranda colunista de uma revista de gestão de pessoas, quando afirma que “cada um tem seu próprio ritmo. Uma vida própria, diferente, como uma impressão digital. A riqueza está na compreensão desta diversidade e do que uso que fazemos dela. Se existe uma escada vertical, devemos trilhar as escadas laterais até que nossa oportunidade apareça.”
É trilhando muitas vezes o opcional e não o tradicional que conseguimos construir uma carreira forte e eficaz.
Um comentário:
Andre?eu estava pesquisando e achei o teu blogger e achei interesante, muito bom, sou estudante estou cursando pedagogia em ERVAL SECO,me chamou atenção p/q/ acho que conheço vc.mas deixa p lá, parabéns.. sou de Cel. Bicaco.
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