André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

EDUCAÇÃO INFANTIL E CONHECIMENTO EDUCACIONAL

1 INTRODUÇÃO

A educação de um modo geral apresenta como costume, analisar o rendimento dos educando através de exames e testes no final de períodos determinados. No entanto, esquecem que a construção do conhecimento não ocorre somente com a verificação tradicional. Bem pelo contrário, reconhece-se que a pesquisa e as experiências cotidianas levam a efetividade na construção do conhecimento.

A experiência física consiste em agir sobre os objetos e descobrir as propriedades por abstração, partindo da realidade. Apontando que toda experiência necessita de uma estrutura real e do interesse do educando, isto é, que o registro de todo dado exterior supões existência de instrumentos de assimilação inerentes à atividade do sujeito.

Nesse paper buscar-se-á averiguar o que Piaget apresenta para a construção do conhecimento na infância, como princípios de educação, relacionando a educação infantil e a infância.



2 INFÂNCIA E EDUCAÇÃO

Os períodos em que o indivíduo inicia seu desenvolvimento e o conhecimento dos elementos exteriores. A idéia de infância é dinâmica e vem crescendo em termos de relevância social.

As preocupações com a infância abrem novas possibilidades e um novo caminho para repensar as intenções pedagógicas e sociais, no sentindo de dar resposta às expectativas infantis, apontando para novas tendências e desafios educacionais. As crianças pequenas precisam dos adultos a fim de que possam ter seus direitos assegurados, está despontando uma pedagogia da educação infantil que respeite a criança como cidadã e a coloque no centro do processo educacional. (ESCHER, 2003, p. 01).

Concebe-se a infância o período compreendido entre 0 e 6 anos. A educação aplicada a esse período deve buscar o desenvolvimento de uma identidade positiva das crianças sobre si mesmas para descobrir-se física e afetivamente.

A educação Infantil possibilita construir auto imagem, afetividade, costumes, cultura, expressões diversas, linguagens e conhecimento da realidade.

A Educação Infantil é uma forma de potencializar a aprendizagem dos indivíduos, dotando-os de conhecimentos basilares para a vida adulta. São as atividades iniciadas nessa fase que determinam o futuro do conhecimento. A escola deve estar atenta à essa realidade educacional. É no intuito de apontar caminhos que Piaget tece seus comentários a respeito da pedagogia na educação.


3 PRINCÍPIO PIAGETEANO DO INTERESSE

Educar é adaptar o indivíduo ao meio social e ambiente. Os novos métodos de educação procuram favorecer esta adaptação utilizando as tendências próprias da infância como também a atividade espontânea inerente ao que a própria sociedade será enriquecida. (PIAGET, 1979, p. 154).

Ao contrário da escola tradicional que constrói a educação com a pressão contínua do professor, a escola moderna baseia seus ensinos na atividade real para o trabalho espontâneo ligado à necessidade e no interesse pessoal.

A característica da infância é precisamente ter que encontrar esse equilibro por uma ´serie de exercícios e condutas, por uma série de atividades de estruturação contínua, partindo de um estado de indiferenciação caótica entre o sujeito e o objeto. De fato, no ponto de partida de sua evolução, a criança é chamada, sem sentido contrários, por duas tendências ainda não harmonizadas entre si e que permanecem indiferenciadas na medida em que não encontra equilíbrio uma em relação a outra. (PIAGET, 1979, p. 157).

A lei do interesse que domina ainda o funcionamento intelectual do adulto, é então verdadeira a fortiori para a criança, cujos interesses não são de forma alguma coordenados e unificados, o que exclui nela ainda mais que em nós, a possibilidade de um trabalho intrínseco.

Na escola moderna reservaram em princípio um lugar essencial à vida social entre as crianças. Os alunos ficaram livres para trabalhar entre si, e colaborar na pesquisa intelectual tanto quanto no estabelecimento de uma disciplina moral (DEWEY & DECROY apud PIAGET, 1979, p. 177).

A evolução do aprendizado social da criança procede do egocentrismo que ele sente, por quere aprender aquilo que realmente a interessa. È preciso que o professor esteja atento aos menores indícios de interesses e aptidão, para que sejam desenvolvidas na sua potencialidades.


4 CONCLUSÃO

A educação infantil ainda dá lugar a modos de organização diferenciadas, umas escolas estão adaptadas às formas tradicionais enquanto outras tentam romper a barreira da modernidade.

Piaget propõe a educação dos alunos de forma integrada com os interesses deles. Não de forma construídas a partir da realidade social ambiente. Entender que há individualidade em meio ao grupo, por mais homogêneo que pareça é dar oportunidade de auto conhecimento e de valorização de si próprio.

Assim, a infância é uma etapa útil, que oferece a oportunidade de uma adaptação progressiva ao meio físico e social.


5 REFERÊNCIAS

PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia: a resposta do grande psicólogo aos problemas do ensino. Rio de Janeiro: Forense, 1979.

ESCHER, M. Infância e educação. Disponível em: www.edunet.com.br/htm.05. Acesso em 09/09/08.

domingo, 10 de maio de 2009

RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

1 INTRODUÇÃO

O princípio da liberdade tornou-se uma característica histórica do emergente capitalismo moderno. A cidadania civil significa muitas vezes condições de acesso a liberdade de mercado. Assim, a cidadania moderna surge como status de quem faz parte integralmente da sociedade. As regras estabelecidas e vigentes na sociedade são produtos culturais, históricos e sociais e a Ética está radicalmente vinculada à conduta humana.

O capitalismo aceita-se a pobreza como necessária mas se deplora a indigência, não se duvidando da justiça do sistema de desigualdade como um todo, uma vez que se poderia deixar de ser pobre. Procura-se diminuir a influencia das classes, mas sem atacar o sistema de classes, no intuito de torná-lo menos vulnerável.

A cidadania é um direito a ter direitos, onde igualdade é um instituto construído a partir de instrumentos sociais. No entanto, essa construção é por si só desigualitária e não objetiva a totalidade da população. Por isso, muitas empresas instituíram em seu sistema cotidiano a ética como meio de amenizar essas diferenças.
2 ÉTICA NA SOCIEDADE ATUAL

A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta. A ética está presente em todas as raças. Ela é um conjunto de regras, princípios ou maneira de pensar e expressar. Ética é uma palavra de origem grega com duas traduções possíveis: costume e propriedade de caráter.

A ética estuda as atitudes humanas relacionadas à sua natureza, objetivando a procura de respostas acerca de regras morais e de direito, identificação de comportamentos humanos corretos e incorretos bem como a diferenciação destes, a procura pela perfeição humana buscando a realização desta perante seus valores e suas crenças. (VASCONCELLOS, 2004, P. 01).

Ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas não são fáceis de explicar quando alguém pergunta. Tradicionalmente ela é entendida como um estudo, uma reflexão, científica ou filosófica e eventualmente até tecnologia sobre costumes ou ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, conforme os costumes considerados corretos. A ética pode ser o estudo das ações e costumes, pode ser a própria realização de um tipo de comportamento. (WALLS, 1994, p. 7).

A ética é um produto social, construído a partir da convenção entre as pessoas com o cunho de melhorar o convívio entre os homens, dando parâmetros às condutas. Liga-se intimamente a moral por fazer parte da subjetividade humana. Perfazendo às vezes as necessidades de grupos dominantes. A ética é referência para que a escolha do sujeito seja aceita como um princípio geral que respeite e proteja o ser humano no mundo.

Quando relacionada ao sistema empresarial, a ética visa estabelecer o bom convívio entre os integrantes do cenário corporativo. Estabelecer um parâmetro do que seja ético ou não é complicado porque depende da cultura de cada um, e nisso incorre muitos valores. A grande chave para a aplicabilidade da ética é o respeito pela diversidade e multiculturalismo.


3 RESPONSABILIDADE SOCIAL E IDENTIDADE SOCIAL

A verdade sempre expressa contradições e conflitos ideológicos, principalmente em cidades pequenas, cuja população se conhece e sabe detalhes da vida de cada um. O contexto das características não se limita apenas às ações condizentes a certo grupo, mas também está relacionado a certos símbolos.

A formulação e o emprego do conceito de identidade apresentam certas armadilhas: a busca identitária, inevitável durante os períodos de crise, corre o risco, contudo de transformar-se em etnocentrismo, isto é, em erigir, de maneira indevida, os valores universais. A identidade coletiva não é um conceito macro, já que se refere aos diversos movimentos e organizações sociais. Contudo, sua construção e consolidação dependem diretamente da existência de um projeto coletivo e do reconhecimento do “outro” que, em certo sentido, o legitima. (GOHN, 2001, p. 13).

Identidade cultural não é uma essência fixa, que se mantém imutável em relação a história e a cultura. “É sempre construída através da memória, fantasia, narrativa e mito. Identidades culturais são pontos de identificação, os instáveis pontos de identificação ou sutura, que constituem-se dentro dos discursos da história e da cultura. Não há identidades fixas, estáveis, unificadas nas sociedades modernas, até porque o cenário contemporâneo, midiático e globalizado, torna as mudanças cada vez mais rápidas e constantes.

As estatísticas oficiais e as manchetes da mídia divulgam problemas no urbano de diferentes ordens tais como: violência contra os cidadãos civis, má qualidade dos serviços públicos prestados à população, crescimento desordenado das áreas periféricas. Este cenário é fruto e reflete a situação da questão social no Brasil: aumento da pobreza e da exclusão social, índices alarmantes de desemprego, dificuldade de inserção no mercado de trabalho, principalmente entre os jovens, queda de poder aquisitivo de todas as classes e camadas sociais, aumento de formas de subemprego no setor informal da economia etc. (GOHN, 2001, p. 24).


4 CONCLUSÃO

O conceito de identidade perdeu o conteúdo individual e adquiriu a conotação coletiva de identidade cultural, destarte, a identidade pode ser processo de construção de significado com base em um atributo cultural, ou ainda um conjunto de atributos culturais inter-relacionados. Igualdade, liberdade, direitos e cidadania passam a ser reconhecidos como sistemas emancipadores da vida social.

A identidade não é um instituto humano fixo, ela muda conforme o tempo, o espaço e a circunstâncias. Deste modo, a identidade vive em constante movimento e transformação que conduz o homem a melhora ou piora.

As diferentes visões sobre a questão da participação da sociedade civil partem de referenciais teórico- metodológicos distintos, e têm por base um conjunto de conceitos, novos ou ressignificados, que devem ser explicitados. Resistência é uma categoria-chave para aqueles que acreditam e lutam por um projeto de emancipação social, assim como a própria categoria da emancipação social.

As ações empresariais para a utilização da ética como modelo de conduta em prol da sociedade igualitária, perpassam todas as camadas sociais. A articulação das empresas brasileiras está no compromisso ético e a opção pelo desenvolvimento de propostas que tenham por base o protagonismo da sociedade civil exige uma clara vontade política das forças democráticas organizadas para a construção de uma nova sociedade e de um espaço público diferente do modelo tradicional, construído sob a égide das desigualdade e injustiças.


5 REFERÊNCIAS

GOHN, Maria M. O Protagonismo da Sociedade Civil. São Paulo, Cortez, 2001.

VASCONCELOS, Fernando. O que é Ética? Disponível em: http://blogpensar.blogspot.com /2007/04/o-que-tica.html. Acesso em 09/02/2009.

WALLS, Álvaro. O que é ética? 9 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.