André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

sábado, 5 de abril de 2008

O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI



1 INTRODUÇÃO

Não é possível conceber a idéia de uma empresa contemporânea sem passar pela análise do termo liderança. Sempre que haver um grupo de pessoas reunido em torno de um objetivo comum é necessário que alguém tome frente as decisões e atitudes para que o grupo evolua. Da liderança emanam princípios fundamentais de união entre as pessoas, solidariedade, amizade e parceria. No entanto, encontram os líderes ao tomarem suas decisões que muitos dos seus liderados não gostam e não querem seguir suas idéias.

Costumes e comodidade impedem muitas vezes a mudança. Sejam porque liderança compreende a noção de poder e de status, bem como modificam as relações nas organizações. O líder sempre encontrará certa mudança na sua trajetória, todavia, está será em maior ou menor intensidade. Tendo em vista sua posição na organização.

Não existe uma norma concreta que trate da liderança, apenas instruções morais e éticas que determinam um limite a exercê-la, bem como sugestões da área administrativa para que os líderes sigam. O líder precisa ter conhecimento de diversas áreas do conhecimento para trabalhar. Nesse estudo abordar-se-á a liderança sob o aspecto da mudança e a resistência a essa. Considerando alguns aspectos que devem ser relevados na condução do grupo a conquista de seus objetivos.


2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA LIDERANÇA

A liderança é uma tarefa difícil que envolve mais de um pólo do relacionamento. Um líder deve estar consciente de que precisa saber sobre esse assunto. Um líder pode ser um empresário, diretor, gerente, ou qualquer outra pessoa que influencie um determinado grupo a realizar ações que visam alcançar um objetivo.

Um líder deve conhecer seus liderados seus pontos fracos e fortes, conquistando a todos, com um controle emocional demonstrando equilíbrio, sempre se auto-analisando (e melhorando nos pontos que reconhece ser fraco), e por fim, precisa compreender que sozinho não chegará a nenhum lugar, então além de ouvir seus colaboradores e entender o que se passa no dia-a-dia de cada um. (QUEIRÓZ, 2008, p. 02).

Quando novos líderes são instituídos ou surgem a mudança em alguns pontos é inevitável. A mudança se constitui em uma meta para alcançar os seus objetivos quando não se constitui nos próprios objetivos. Para que se consiga a mudança é preciso conquistar respeito e apoio dos demais membros do grupo.

Os novos padrões de liderança exigem que os comandantes consigam o apoio e respeito dos seus liderados para atingir seus objetivos. Agora é tempo de perguntar: o que um líder deve fazer para conseguir o apoio da sua equipe? A resposta é aprender a edificar as pessoas que trabalham e interagem com você, para que o respeito e o apoio sejam manifestados. (MILERIS, 2008).

Assim, um líder deve estar preparado que enfrentará resistência na execução de sua liderança. Buscando convencer dos objetivos e da necessidade de todos caminharem juntos em busca de uma meta comum.


3 RESISTÊNCIA À MUDANÇA

A mudança tornou-se uma ponte central para a liderança. A resistência a mudança como uma das principais barreiras a mudanças bem-sucedidas. Os teóricos lançam então certas “receitas” de como conduzir essas transformações de forma mais efetiva, porém não são usadas. Sob o nome de estratégias ensinam como superar comportamentos resistentes adotados por empregados descontentes que podem impedir ou ameaçar o esforço de transformação.

Os líderes devem fazer uma avaliação antes de tomar as atitudes modificadoras, tendo uma abordagem individual e não somente sobre o coletivo. Pois muitas vezes o que está em desacordo é alguns individuais e não o todo, ou seja, a liderança não consegue uniformizar as metas de seus liderados, em que as organizações possuem um conjunto de forças opostas.

A resistência a mudança e consequentemente a liderança que tende a introduzir mudanças deve considerar em suas ações o indivíduo e o coletivo, devendo ser enfatizado as diferenças entre eles. Onde o padrão de comportamento do indivíduo é diferente do padrão do comportamento do grupo ao qual ele pertence, sendo que essa diferença seria permitida ou encorajada em culturas diferentes.

Podem ser instrumentos utilizados contra a resistência a mudanças, na visão de Hernandez (2001, p. 42), a educação e comunicação, participação e envolvimento, facilitação e suporte, negociação e acordo, manipulação e cooperação e coerção explicita e/ou implícita.

Ao abordar a resistência à mudança devem ser considerados seus vários ângulos. Assim, Hernandez (2001) leciona que a resistência faz parte da natureza, mas que hoje está se questionando trazendo-a a tona. Assim, ao procurar evitar ou prevenir a resistência, os agentes da mudança acabaram contribuindo para a sua ocorrência ou agravamento. E revela-se que a resistência é um comportamento definidos pelos detentores de poder quando são desafiados em seus privilégios lançam-se em oposições.

A resistência é vista como uma experiência nociva à organização uma vez que as mudanças trariam melhoria porá o desempenho das atividades. Tem-se em oposição que a resistência é um fenômeno saudável e positivo, visto que, às vezes nem sempre quem quer mudar tem a razão. Assim, em certos casos quem resiste tem um ângulo melhor da situação. A resistência é utilizada como uma desculpa para justificar processos de mudanças mal desenhados ou mal-sucedidos. Isto é, quando um projeto não dá certo, culpa-se a resistência por ter atrapalhado o seu desenvolvimento normal. É possível afirmar que os seres humanos são naturalmente resistentes à mudança, pela insegurança que a mudança traz.

Mirielis (2008) aponta como solução:

A cultura de uma empresa é percebida através da maneira de proceder de seus líderes, pois eles conseguem o comportamento que mostram e toleram. Você transforma a cultura de uma organização mudando o comportamento de seus líderes. E mede a mudança avaliando-a no comportamento pessoal deles no desempenho de seu negócio.

A resistência à mudança como um fenômeno massificado, isto é, a resistência é homogênia, onde as pessoas em organização são representadas como um corpo homogêneo que demonstra ou que supera a resistência como um agregado. A resistência não é uniforme e varia de indivíduo para indivíduo. E o fenômeno deve ser entendido como uma ocorrência social. Se a resistência ainda é vista como grande barreira à mudança, isso ocorre porque o modelo predominante é inadequado para captar a sua complexidade e, consequentemente, incapaz de ajudar o desenvolvimento de estratégias voltadas à prevenção da resistência.


3 CONCLUSÃO

Diante do contexto apresentado de liderança é possível afirmar que a liderança é uma tarefa que exige muito dos que se dispõe a liderar. O líder deve ter características especiais para que conduza o processo administrativo de forma satisfatória. O conhecimento dos seus liderados não se resume somente nas necessidades comparadas ao grupo, bem pelo contrário, o líder deve considerar seus liderados individualmente tendo em vista que a resistência pode ocorrer de forma coletiva como individual.

A resistência à mudança é um fenômeno normal que ocorre em toda e qualquer expressão de liderança, sejam organizações comerciais, não-governamentais ou mesmo nas religiosas. Isso pode ser explicado por diversas formas, entre elas, porque a liderança quando aplicada a mudar tende a ser compreendida como mudança nas relações de poder (o que não deixa de ser em parte verdade). Mas que não tem como principal objetivo senão a melhora nos resultados do grupo.

Um líder deve considerar alguns pressupostos ao exercer sua liderança. Esses pressupostos podem ser tanto positivos como negativos, e ajudam-no a conhecer melhor seu campo de trabalho. Todos eles são mais subjetivos que objetivos, até porque a liderança e a resistência são institutos e características administrativas totalmente subjetivas.


4 REFERÊNCIA

HERNANDEZ, J. M. da C. CALDAS, M. P. Resistência a Mudança: uma revisão crítica. RAE – Revista de administração de Empresas. 2001, São Paulo, v. 41, n.º 2. p. 31- 45.

QUEIRÓZ, Eugênio Sales. Valores da Liderança Moderna. Disponível em: http://www.venda mais.com.br/Lideranca/php/verMateria.php?cod=43607. Acesso em: 14/05/2008.
MILERIS, Wilson. Edifique para ser edificado. (2008). Disponível em: http://www.vendamais. com.br/Lideranca/